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Estado de Minas

Fa­mí­li­as evi­tam dí­vi­das e re­du­zem com­pro­mis­sos com o 13º salário

Pes­qui­sa fei­ta em ou­tu­bro mos­tra 57,7% de domicílios inadim­plen­tes no país, fren­te a 62,1% um ano atrás. Em BH, pri­o­ri­da­de é acer­tar dé­bi­tos e im­pos­tos de ja­nei­ro com o 13º sa­lá­rio


postado em 04/11/2016 06:00 / atualizado em 04/11/2016 08:07

Os con­su­mi­do­res bra­si­lei­ros fi­ca­ram me­nos en­di­vi­da­dos e inadim­plen­tes na pas­sa­gem de se­tem­bro pa­ra ou­tu­bro, se­gun­do a Con­fe­de­ra­ção Na­cio­nal do Co­mér­cio de Bens, Ser­vi­ços e Tu­ris­mo (CNC). A Pes­qui­sa de En­di­vi­da­men­to e Inadim­plên­cia do Con­su­mi­dor (Peic) mos­tra que 57,7% das fa­mí­lias ti­nham al­gum ti­po de dí­vi­da em ou­tu­bro, fa­tia bem in­fe­rior ao re­sul­ta­do do le­van­ta­men­to há um ano, de 62,1%. Em se­tem­bro, 58,2% es­ta­vam en­di­vi­da­dos.

“As al­tas ta­xas de ju­ros e a fra­gi­li­da­de do mer­ca­do de tra­ba­lho têm li­mi­ta­do o con­su­mo, pro­vo­can­do tam­bém a di­mi­nui­ção re­cen­te dos ní­veis de en­di­vi­da­men­to”, jus­ti­fi­cou o eco­no­mis­ta da CNC Bru­no Fer­nan­des, em no­ta da en­ti­da­de. A pro­por­ção dos en­tre­vis­ta­dos que re­la­ta­ram ter dí­vi­das em atra­so foi de 23,8% no mês pas­sa­do, an­te 24,6% em se­tem­bro. No en­tan­to, o per­cen­tual é maior do que os 23,1% re­gis­tra­dos em ou­tu­bro de 2015.

O to­tal de fa­mí­lias que pre­viam per­ma­ne­cer inadim­plen­tes tam­bém di­mi­nuiu em re­la­ção a se­tem­bro: 9,4% dos en­tre­vis­ta­dos afir­ma­ram na pes­qui­sa de se­tem­bro que não têm co­mo pa­gar as dí­vi­das e, por­tan­to, se­gui­riam inadim­plen­tes. No mês pas­sa­do, es­se por­cen­tual era de 9,6%. Há um ano es­sa fa­tia era me­nor, 8,5%.

A pes­qui­sa con­si­de­ra co­mo dí­vi­das as con­tas a pa­gar em che­que pré-da­ta­do, car­tão de cré­di­to, che­que es­pe­cial, car­nê de lo­ja, em­prés­ti­mo, pres­ta­ção de car­ro ou se­gu­ro. En­tre as fa­mí­lias bra­si­lei­ras, 21% têm mais da me­ta­de da ren­da com­pro­me­ti­da com o pa­ga­men­to de dí­vi­das. O car­tão de cré­di­to per­ma­ne­ce no to­po da lis­ta de con­tas a pa­gar, ci­ta­do por 77,1% dos en­tre­vis­ta­dos. Os car­nês es­tão em se­gun­do lu­gar, com 14,1% de ci­ta­ções, se­gui­dos pe­lo fi­nan­cia­men­to de car­ro, com 10,2%.


POU­PAR
PA­RA PA­GAR

O de­se­jo de pa­gar dí­vi­das foi tam­bém con­fir­ma­do por pes­qui­sa rea­li­za­da pe­la Fun­da­ção Ipead, vin­cu­la­do à UFMG, que apu­ra o Ín­di­ce de Con­fian­ça do Con­su­mi­dor. O le­van­ta­men­to dos da­dos no mês pas­sa­do mos­trou que 30,19% dos con­su­mi­do­res de Be­lo Ho­ri­zon­te pre­ten­dem usar o 13º sa­lá­rio pa­ra pa­gar con­tas atra­sa­das e qui­tar com­pro­mis­sos fi­nan­cei­ros. Ou­tra par­ce­la de 11,32% do pú­bli­co ou­vi­do in­for­mou que a in­ten­ção é pou­par pa­ra ar­car com o pa­ga­men­to de im­pos­tos tí­pi­cos do co­me­ço de ano, co­mo o Im­pos­to so­bre a Pro­prie­da­de de Veí­cu­los Au­to­mo­to­res (IPVA) e o Im­pos­to Pre­dial e Ter­ri­to­rial Ur­ba­no (IP­TU).

A pes­qui­sa do ICC é rea­li­za­da to­do mês com 210 con­su­mi­do­res que com­pram fre­quen­te­men­te em BH e tem mar­gem de er­ro de 1,56 pon­to no re­sul­ta­do do ín­di­ce ge­ral. Os nú­me­ros de ou­tu­bro fo­ram pes­qui­sa­dos en­tre os dias 10 e 27. Na mes­ma on­da de con­ter o ní­vel de en­di­vi­da­men­to, 6,6% dos con­su­mi­do­res dis­se­ram que vão pou­par a gra­ti­fi­ca­ção na­ta­li­na pa­ra usar no pa­ga­men­to de ma­trí­cu­la e ma­te­rial es­co­la­res no co­me­ço de 2017. A pre­ten­são de an­te­ci­par par­ce­las de fi­nan­cia­men­to – de veí­cu­los, imó­veis ou em­prés­ti­mos fi­nan­cei­ros – ou, ain­da, dar en­tra­da em al­gum pla­no de com­pra a pra­zo foi in­for­ma­da por 9,43% dos en­tre­vis­ta­dos pe­la Fun­da­ção Ipead.

O es­pí­ri­to de Na­tal en­vol­ve 4,72%, de acor­do com o re­la­tó­rio di­vul­ga­do pe­la fun­da­ção, que que­rem com­prar pre­sen­tes, e ou­tros 2,83% de in­te­res­sa­dos em fa­zer com­pras pa­ra as co­me­mo­ra­ções de fim de ano. O ICC me­di­do em ou­tu­bro al­can­çou 34,51 pon­tos, por­tan­to, abai­xo da li­nha que se­pa­ra o pes­si­mis­mo do oti­mis­mo. An­te se­tem­bro, o re­sul­ta­do foi de que­da de 0,06%.

En­tre os in­di­ca­do­res que com­põem o ICC, o Ín­di­ce de Ex­pec­ta­ti­va Eco­nô­mi­ca (IEE) apre­sen­tou au­men­to de 4,08% na com­pa­ra­ção com se­tem­bro, di­fe­ren­te­men­te do Ín­di­ce de Ex­pec­ta­ti­va Fi­nan­cei­ra (IEF), que so­freu que­da de 2,19%. A in­fla­ção foi o item que apre­sen­tou maior va­ria­ção ne­ga­ti­va de um mês pa­ra ou­tro, de 6,88%.

 

Con­fian­ça e IPCs so­bem

 

São Pau­lo – O In­di­ca­dor de Con­fian­ça da Mi­cro e Pe­que­na Em­pre­sa de Va­re­jo e Ser­vi­ços (ICM­PE) atin­giu 50,6 pon­tos em ou­tu­bro, maior ní­vel des­de maio de 2015. O in­di­ca­dor, cal­cu­la­do pe­lo Ser­vi­ço de Pro­te­ção ao Cré­di­to (SPC Bra­sil) e pe­la Con­fe­de­ra­ção Na­cio­nal de Di­ri­gen­tes Lo­jis­tas (CN­DL), es­ta­va em 38,7 pon­tos em ou­tu­bro do ano pas­sa­do. O le­van­ta­men­to con­si­de­ra a per­cep­ção eco­nô­mi­ca dos úl­ti­mos seis me­ses e as ex­pec­ta­ti­vas eco­nô­mi­cas das mi­cro e pe­que­nas em­pre­sas (MPEs) e mos­trou que 71,1% dos em­pre­sá­rios en­ten­dem que hou­ve pio­ra na eco­no­mia no úl­ti­mo se­mes­tre. Além dis­so, 56,9% afir­ma­ram que seus ne­gó­cios tam­bém pio­ra­ram, sen­do a cri­se o prin­ci­pal mo­ti­vo.

Em re­la­ção às pers­pec­ti­vas eco­nô­mi­cas, 53,2% das MPEs de va­re­jo e ser­vi­ços se de­cla­ra­ram con­fian­tes com o fu­tu­ro da eco­no­mia bra­si­lei­ra. Em ou­tu­bro de 2015, es­se item re­gis­tra­va 31%. Dos que se dis­se­ram pes­si­mis­tas a res­pei­to da eco­no­mia, 34,1% apon­ta­ram as in­cer­te­zas po­lí­ti­cas co­mo jus­ti­fi­ca­ti­va. Em re­la­ção ao pró­prio ne­gó­cio, 69% se mos­tra­ram con­fian­tes.

IN­FLA­ÇÃO dos alimentos O Ín­di­ce de Pre­ços ao Con­su­mi­dor - Se­ma­nal (IPC-S), cal­cu­la­do pe­la Fun­da­ção Ge­tú­lio Var­gas (FGV), su­biu em to­das as se­te ca­pi­tais pes­qui­sa­das na úl­ti­ma se­ma­na de ou­tu­bro, em re­la­ção à ter­cei­ra pré­via do mês. O IPC-S avan­çou de 0,24% pa­ra 0,34% na mé­dia do país. Em re­la­ção a se­tem­bro, o ín­di­ce su­biu 0,27 pon­to por­cen­tual.

Por re­gião, da ter­cei­ra pa­ra quar­ta qua­dris­se­ma­na, Sal­va­dor te­ve va­ria­ção de 0,15% pa­ra 0,43%; Bra­sí­lia de 0,04% pa­ra 0,14%; Be­lo Ho­ri­zon­te, de 0,16% pa­ra 0,22%; Re­ci­fe de 0,41% pa­ra 0,45% e Rio de Ja­nei­ro va­riou de 0,45% pa­ra 0,54%. Ain­da apre­sen­ta­ram va­ria­ção po­si­ti­va Por­to Ale­gre (0,08% pa­ra 0,21%) e São Pau­lo (0,26% pa­ra 0,31%).

O Ín­di­ce de Pre­ços ao Con­su­mi­dor Am­plo (IP­CA) me­di­do na ca­pi­tal mi­nei­ra pe­la Fun­da­ção Ipead/UFMG em ou­tu­bro su­biu 0,14%, sob a pres­são das des­pe­sas com ali­men­ta­ção em res­tau­ran­te. No ano, o in­di­ca­dor, que re­tra­ta as des­pe­sas das fa­mí­lias da ca­pi­tal mi­nei­ra com ren­da en­tre um e 40 sa­lá­rios mí­ni­mos, acu­mu­la al­ta de 7,17% e nos úl­ti­mos 12 me­ses atin­giu 9,28%.


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