(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

IP­CA-15 re­cua pa­ra 0,19%

Alívio veio com a pres­são me­nor dos pre­ços de ali­men­tos e be­bi­das; a de­sa­ce­le­ra­ção po­de con­ti­nu­ar


postado em 22/10/2016 06:00 / atualizado em 22/10/2016 07:52


Bra­sí­lia –
O pro­ces­so de de­sa­ce­le­ra­ção da in­fla­ção se man­tém. O Ín­di­ce Na­cio­nal de Pre­ços ao Con­su­mi­dor Am­plo 15 (IP­CA-15), con­si­de­ra­do a pré­via do in­di­ca­dor ofi­cial do cus­to de vi­da no país, su­biu 0,19% nes­te mês, um re­co fren­te a 0,23% no mês pas­sa­do gra­ças a al­gu­mas re­du­ções de pre­ços de itens im­por­tan­tes nos gas­tos dos bra­si­lei­ros com ali­men­tos e be­bi­das. Tra­ta-se da me­nor ta­xa pa­ra o mês ana­li­sa­do des­de 2009 e do per­cen­tual me­di­do num úni­co mês mais bai­xo des­de agos­to de 2014, di­vul­gou on­tem o Ins­ti­tu­to Bra­si­lei­ro de Geo­gra­fia e Es­ta­tís­ti­ca (IBGE). Com o re­sul­ta­do, a ca­res­tia acu­mu­la­da em 12 me­ses acu­mu­la va­ria­ção de 8,27%, a me­nor des­de maio de 2015.


A per­da de for­ça da in­fla­ção mos­tra, ain­da, uma des­con­ta­mi­na­ção de pre­ços no mer­ca­do con­su­mi­dor. Em ou­tu­bro, o cha­ma­do ín­di­ce de di­fu­são – que me­de a dis­se­mi­na­ção dos cus­tos na eco­no­mia – fi­cou em 54,8%. Is­so sig­ni­fi­ca que a ca­da 100 bens e ser­vi­ços, qua­se 55 so­fre­ram cor­re­ção. É a me­nor ta­xa des­de ou­tu­bro de 2011, pro­va de que a evo­lu­ção do cus­to de vi­da não es­tá con­cen­tra­da em um seg­men­to es­pe­cí­fi­co.

Pa­ra ana­lis­tas de ban­cos e cor­re­to­ras ou­vi­dos pe­lo Es­ta­do de Mi­nas, o com­por­ta­men­to da in­fla­ção e do ín­di­ce de di­fu­são re­for­ça um am­bien­te fa­vo­rá­vel pa­ra o cor­te da ta­xa bá­si­ca de ju­ros, a Se­lic, que re­mu­ne­ra os tí­tu­los do go­ver­no no mer­ca­do fi­nan­cei­ro e ser­ve de re­fe­rên­cia pa­ra as ope­ra­ções nas ins­ti­tui­ções fi­nan­cei­ras e no co­mér­cio. No en­tan­to, o Co­mi­tê de Po­lí­ti­ca Mo­ne­tá­ria do Ban­co Cen­tral es­tá cau­te­lo­so em re­la­ção aos cor­tes. Se por um la­do os pre­ços ad­mi­nis­tra­dos, aque­les que são es­ta­be­le­ci­dos por con­tra­to ou con­tro­la­dos pe­lo go­ver­no,já não apre­sen­tam mais o mes­mo pe­ri­go ve­ri­fi­ca­do no ano pas­sa­do, os pre­ços li­vres, que res­pon­dem às con­di­ções de ofer­ta e de­man­da, ain­da re­sis­tem a cair.

Na Re­gião Me­tro­po­li­ta­na de Be­lo Ho­ri­zon­te, o IP­CA-15 avan­çou 0,31%, an­te 0,03% em se­tem­bro, na con­tra­mão da mé­dia na­cio­nal. A pes­qui­sa do IBGE ve­ri­fi­cou que pa­ra a de­fla­ção do gru­po de des­pe­sas com ali­men­ta­ção e be­bi­das, a prin­ci­pal con­tri­bui­ção pa­ra bai­xo foi a do lei­te lon­ga vi­da, de 0,11 pon­to per­cen­tual, que fi­cou 8,49% mais ba­ra­to. Hou­ve re­du­ção de pre­ços tam­bém até mea­dos de ou­tu­bro pa­ra ba­ta­ta-in­gle­sa (-13,03%), hor­ta­li­ças (-6,18%) e o fei­jão Ca­rio­ca (-6,17%).

A ex­ce­ção fi­cou por con­ta das car­nes, cu­jos pre­ços su­bi­ram 2,45% e de­ram a con­tri­bui­ção mais ele­va­da ao IP­CA-15 de ou­tu­bro, com 0,07 pon­to per­cen­tual, ain­da de acor­do com o ins­ti­tu­to. Ou­tros dois gru­pos de gas­tos aju­da­ram a con­ter o IP­CA-15: ar­ti­gos de re­si­dên­cia, com va­ria­ção ne­ga­ti­va de 0,31% e des­pe­sas pes­soais, que caí­ram, em mé­dia, 0,12%. Pa­ra a pré­via di­vul­ga­da on­tem, o IBGE co­le­tou os pre­ços no pe­río­do de 15 de se­tem­bro a 13 des­te mês e os com­pa­rou àque­les vi­gen­tes de 13 de agos­to a 14 de se­tem­bro.

ALTA DOS SER­VI­ÇOS
De ja­nei­ro a ou­tu­bro, o IP­CA-15 acu­mu­lou va­ria­ção de 6,11%. Pa­ra o acu­mu­la­do em 12 me­ses, os pre­ços ad­mi­nis­tra­dos se des­ta­ca­ram, com au­men­to de 7,7%. Ain­da as­sim, é a me­nor ta­xa des­de ja­nei­ro do ano pas­sa­do. Já os pre­ços li­vres, na mes­ma ba­se de com­pa­ra­ção, su­bi­ram 6,8%. No mes­mo pe­río­do de 2015, a al­ta des­ses cus­tos era de 6,9%. Em par­te, es­sa pres­são é atri­buí­da aos gas­tos com ser­vi­ços, que cres­ce­ram, em mé­dia, 7,1%.

O eco­no­mis­ta-che­fe do Ban­co Fa­tor, Jo­sé Fran­cis­co de Li­ma Gon­çal­ves, des­ta­ca que, con­si­de­ran­do-se que a par­ti­ci­pa­ção ge­ral dos ser­vi­ços foi de 0,16 pon­to per­cen­tual, cer­ca de um ter­ço da par­ti­ci­pa­ção des­ses pre­ços ocor­reu por pres­são de itens que não

são sen­sí­veis à re­ces­são. “O gru­po de ser­vi­ços se­gue de­sin­flan­do, mas há dú­vi­da so­bre se a ve­lo­ci­da­de e pro­fun­di­da­de con­ti­nuam”, ob­ser­vou. (Com agên­cias)

 

 

O  Q U E  N O S   I N T E R E S S A

 

Que deflação é essa?

O Brasil da deflação agora mostrada pelo indicador oficial do custo de vida, o IPCA – tanto quanto pela prévia do índice que serve ao sistema de metas do governo –, ainda não é visto na economia real com a mesma clareza dos números do IBGE. E não será vislumbrado tão cedo pela dona de casa que vai ao mercado todo dia, não ao financeiro, aquele dos bancos e de investidores privilegiados pelo lucro, mas o do arroz e do feijão, da carne e das hortaliças e frutas, que custam a levar a baixa dos indicadores às contas do açougue, do supermercado e da farmácia. De positivo, fica a expectativa deixada pelo IPCA-15 de uma generalizada queda de preços, capaz de fazer a diferença no orçamento nos próximos meses.

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)