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Estado de Minas CRISE DERRUBA DEMANDA AÉREA

Procura por voos domésticos recua 6,49% em julho e setor prevê queda de 10% este ano

Em Confins, o fluxo de passageiros domésticos, considerando embarques, desembarques e conexões, teve uma redução de 19% em julho, frente igual período do ano passado


postado em 24/08/2016 00:12 / atualizado em 24/08/2016 08:14

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Com a baixa atividade da economia e queda no volume de negócios, as viagens corporativas não reagiram em julho, afetando em cheio o resultado dos voos domésticos. A expectativa da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) é que até o fim do ano, o setor tenha uma retração de 10% impulsionado pelo menor volume de viagens dos brasileiros e pela redução no número de aeronaves. Os resultados das companhias aéreas estão sendo alavancados pelo lazer, já que com a alta do dólar os brasileiros estão optando pelo turismo dentro do país.


Em julho, a demanda por voos domésticos registrou queda de 6,49% em relação ao mesmo período de 2015, fechando o 12º mês consecutivo de retração. O fluxo total de passageiros no mês passado teve recuo de 8,48%, na comparação anual, com quase 8,1 milhões de viagens. Os dados vêm das estatísticas operacionais das companhias Avianca, Azul, GOL e Latam, responsáveis por 99% do mercado doméstico. Em julho, o setor foi liderado pela Gol, com 36,8% de participação, seguido pela Latam, 35,61, Azul, 16,4% e Avianca, 11,06%. Nesta semana, o governo deve anunciar o desempenho do setor aéreo nas Olimpíadas. De acordo com a Abear, a planilha dos jogos deve mostrar números melhores que na Copa do Mundo.


No aeroporto de Confins, o fluxo de passageiros domésticos, considerando embarques, desembarques e conexões, teve uma redução de 19% em julho, frente igual período do ano passado. Já no primeiro semestre a movimentação de passageiros no terminal, considerando os voos domésticos e internacionais somou 4,84 milhões de usuários, movimento 13,7% inferior que o mesmo período do ano passado. A BH Airport já trabalha com mudança nessa curva a partir de outubro, já que há sinalização para início de uma retomada do fluxo.

O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz comentou com jornalistas que o setor deve registrar uma redução de 48 a 51 aeronaves na frota, considerando o movimento das três companhias que já anunciaram a estratégia (Azul, Gol e Latam). O número corresponde a uma diminuição de cerca de 10% da frota nacional. Ele salientou, porém, que em caso de recuperação da demanda, o setor teria as condições técnicas para ter as aeronaves de volta. “Temos capacidade de nos adequar rapidamente às mudanças de mercado”, comentou.

“A aviação é um setor muito sensível ao desempenho da economia”, observa Deusdedit Carlos Reis, especialista em aviação. Segundo ele, a recuperação do setor depende da retomada da economia, mas tem potencial para reação rápida por ser estratégico. “No país, as condições das estradas são ruins e as ferrovias muito acanhadas. O setor mais bem estruturado é o aéreo.”

De janeiro a julho, a demanda por voos domésticos acumula redução de 6,63% em comparação com igual período de 2015, com diminuição de 6,22% na oferta e aproveitamento das aeronaves de 80,14%, um recuo de 0,35 ponto percentual.

“Esperamos um fôlego para a aviação após o pacote de medidas que deve ser anunciado pelo governo em outubro provocando um início de recuperação da economia”, avalia Pedro Galdi, analista da Upside Investor. Segundo ele, é possível que no pacote estejam medidas que afetem o setor como novas concessões. “Apesar dos sinais de recuperação de alguns segmentos da economia, melhores notícias para a aviação só a partir de 2017”.

INTERNACIONAL 


As companhias aéreas brasileiras também registraram baixa no transporte internacional de passageiros em julho. A demanda recuou 4,26% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse é o quinto resultado negativo consecutivo da área. A oferta também apresentou retração, caindo 7,71% na base anual, levando o fator de aproveitamento das aeronaves a registrar uma melhora de 3,09 pontos porcentuais em julho, para 86,02%. (Com agências)

Bem avaliados

Os aeroportos brasileiros alcançaram nos jogos olímpicos resultados melhores que aqueles observados durante a Copa do Mundo. O Ministério dos Transporte, Portos e Aviação Civil divulgou balanço demonstrando que a pontualidade dos voos atingiu 94,8%, sendo o melhor percentual já registrado em uma operação especial do setor de Aviação Civil no país. A pesquisa do governo federal foi realizada de 1 a 22 de agosto. Nos nove principais aeroportos monitorados pelo ministério durante o evento, o índice médio de atrasos foi de 5,2%, uma queda de 59% em relação à performance dos terminais durante a Copa do Mundo de 2014 (8,8%).


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