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Estado de Minas

Lojistas dos shoppings populares prometem parar novamente amanhã se não houver acordo

Lojas da região central da capital estão fechadas desde cedo em protesto contra o alto custo de manutenção


postado em 30/06/2016 15:15 / atualizado em 30/06/2016 17:07

Os lojistas dos shoppings populares de Belo Horizonte vão fechar novamente as portas amanhã, se as negociações com os proprietários dos estabelecimentos e representantes do prefeito Márcio Lacerda (PSB) não avançarem. Uma reunião está marcada para amanhã as 11h, na sede da prefeitura, caso não tenham resposta eles vão baixar as portas. "E sem data para voltar", afirma Gilson Lima, lojista há 12 anos do shopping Oi. Hoje, as lojas dos quatro shoppings populares da região da avenida Oiapoque vão permanecer fechadas.

Durante a manhã de hoje algumas tentaram abrir, mas foram impedidas de continuar funcionando pelos manifestantes. Os lojistas querem a revisão dos valores dos aluguéis e das multas e taxas cobradas pelos proprietários dos imóveis onde as lojas funcionam e também da lei, aprovada em 2005, que regulamentou a operação urbana da transferência dos camelôs para os shoppings populares. Ao todo, os shoppings dessa região têm cerca de 2 mil lojistas.

A manifestação na manhã de hoje começou logo cedo na porta do Oi, o maior e mais antigo shopping popular da capital, e do Xavantes. Os lojistas se recusaram a abrir as portas e a rua foi fechada. Os poucos estabelecimentos que abriram tiveram que encerrar as atividades depois que os manifestantes invadiram os estabelecimentos aos gritos de “fecha, fecha”. Houve um tumulto no Xavantes, depois que um dos seguranças apontou a arma para uma das manifestantes. A reportagem chegou a flagrar um dos seguranças, vestido de terno e gravata, com uma arma na mão.

Um dos dirigentes da União dos Lojistas dos Shoppings Populares de BH, Pedro dos Santos Costa, diz que além dos altos aluguéis, os comerciantes têm que pagar diversas taxas e multas que inviabilizam o negócio. São cobradas multas para quem abre ou fecha a loja antes do horário estabelecido pela administração e também um percentual, que varia de 10% a 20%, sobre a venda do ponto.
Segundo outro lojista, que pediu para não ser identificado, as taxas sobre o repasse do ponto são abusivas. “Quem vende um ponto por R$ 50 mil tem que pagar até 10 mil para trocar o shopping trocar o nome do responsável pelo box”. Eles também reclamam do tratamento dado para quem não paga o aluguel do box em dia. De acordo com Gilson Lima, a administração solda a fechadura com toda a mercadoria dentro e o lojista só consegue entrar se acertar o débito. O aluguel mais baixo, dos boxes menores e no fundo dos estabelecimentos, gira em torno de R$ 800 e taxa de condomínio, na faixa de R$ 500.

Por meio de uma nota, a administração do Shopping Xavantes afirmou que os valores do aluguel das lojas são pré-estabelecidos em contratos, assinados pelos lojistas em plena consciência dos encargos. Diz ainda que os valores não são reajustados há três anos. A reportagem não conseguiu contato com os proprietários dos shoppings Xavante e Belô.


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