São Paulo - Apesar de a parcela de empresas que se declararam vítimas de crimes econômicos ter recuado significativamente no Brasil nos últimos 24 meses, a cifra envolvida nas fraudes é elevada em relação à média global. "O número de companhias afetadas pelos crimes econômicos caiu, mas o valor das fraudes é alto", diz Martin J. Whitehead, sócio da PWC.
"No Brasil, há um grande problema de valor", diz o sócio da PwC Leonardo Lopes. Ele explica que as cifras são maiores aqui quando comparadas à média global, pois estão relacionadas com o perfil do fraudador. No Brasil, 87% dos fraudadores ocupam cargos de alta e média gerência, ante 51% da média global.
Lopes explica que, como no Brasil o fraudador ocupa um nível hierárquico alto, ele tem autonomia para cometer crimes econômicos envolvendo cifras maiores. Tanto no Brasil como no mundo, o roubo de ativos é o crime mais frequente, com 65% e 64% das respostas, respectivamente. Mas o Brasil é o campeão em 115 países pesquisados com fraude em compras, com 58%.