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Estado de Minas

Setor produtivo aprova decisão do Banco Central de não aumentar a taxa de juros

Para a CNI, o BC tomou a decisão mais sensata %u201Cdiante da recessão da economia brasileira e das incertezas do cenário global


postado em 21/01/2016 00:12 / atualizado em 21/01/2016 07:41

A piora na economia internacional no início deste ano pode ter determinado a decisão do Banco Central de não aumentar a taxa de juros. Para a indústria, a decisão foi acertada para evitar o aprofundamento da crise econômica. O economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall, lamentou a guinada na comunicação do BC, que confundiu o mercado, mas disse que a decisão, tomada em função do crescimento global mais fraco e do derretimento das commodities, pode ter sido a melhor. “Há uma turbulência global. O real está com um comportamento relativamente tranquilo diante de tudo o que está acontecendo. E a queda do petróleo pode ser positiva para os preços dos combustíveis no Brasil. Acredito que essas duas coisas motivaram a mudança de percepção do BC”, disse.


Kawall ressaltou que não compra a ideia de que a autoridade tinha uma ideia e mudou depois da reunião com a presidente Dilma Rousseff. “Existe pressão do governo para ele não subir os juros, é claro. Mas tem muito especialista também dizendo que ele não deveria subir”, alertou.


Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o BC tomou a decisão mais sensata “diante da recessão da economia brasileira e das incertezas do cenário global. “A indústria considera inaceitável a inflação de dois dígitos. Mas destaca que os aumentos recentes dos índices são resultado dos reajustes dos preços administrados, das expectativas negativas e da inércia inflacionária. Por isso, o uso da taxa de juros como único instrumento de controle da inflação é pouco efetivo e aprofunda a recessão”, afirmou em nota.


Para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), apesar de a inflação está elevada, a decisão do Copom foi acertada diante dos indicadores de desaceleração da economia e aumento do desemprego. “Pelo que temos observado, a política de juros elevados do Banco Central provavelmente não será capaz de afetar substancialmente a dinâmica da inflação futura, mas certamente desestimulará consideravelmente o investimento produtivo no país, pressionando a oferta de empregos, reduzindo o consumo das famílias e, consequentemente, impedindo a retomada do crescimento econômico”, diz a Fiemg em nota divulgada ontem. Para a entidade, a recessão vai frear os aumentos de preços.


O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, Bruno Falci, também avaliou que a decisão foi acertada e que um aumento dos juros nesse momento seria “ineficaz” do ponto de vista do controle da inflação. “Estamos vivenciando um momento difícil na política monetária, com retração da atividade econômica e a possibilidade da existência da dominância fiscal (que acontece quando o déficit fiscal é muito grande e pode comprometer a capacidade de pagamento do país, gerando instabilidade no câmbio e uma “fuga” de capital). E um estado com dominância fiscal acaba tornando o aumento da taxa de juros ineficaz para o controle da inflação”, afirmou Falci.


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