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Estado de Minas

Fábricas reduzem postos de trabalho

Emprego na indústria tem oitava queda em agosto com recuo de 0,8% sobre julho e de 6,9% em relação ao mesmo mês de 2014


postado em 17/10/2015 06:00 / atualizado em 17/10/2015 07:26

Rio de Janeiro – O emprego na indústria recuou 0,8% na passagem de julho para agosto, na série livre de influências sazonais, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o oitavo resultado negativo consecutivo em sequência. Com isso, o emprego industrial acumula recuos de 5,6% no ano e de 5,1% em 12 meses. Já na comparação com agosto de 2014, o emprego industrial apontou queda de 6,9% em agosto deste ano. Trata-se do 47º resultado negativo consecutivo e a maior queda já registrada na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal – Emprego e Salário (Pimes), que tem dados desde dezembro de 2001 nesse tipo de confronto, o que demonstra a contínua desaceleração no dinamismo do setor no país.

Depois de outros 46 meses consecutivos com resultados negativos para a mesma comparação, todas as 18 atividades pesquisadas apresentaram retrações neste período. Os ramos mais afetados foram os meios de transporte e o setor de máquinas e equipamentos, com recuos respectivos de 12,4% e 10,2%. Segundo o gerente da Pimes, André Macedo, os resultados negativos já eram esperados porque acompanham o movimento de queda na produção industrial, que já chega a 7,5% entre maio e agosto deste ano em comparação ao mesmo período de 2014.

“O cenário do mercado de trabalho permanece negativo, como já observamos há algum tempo. Isso não poderia ser diferente, na medida em que a produção industrial também apresenta trajetória descendente desde meados de 2013. Este é um reflexo direto das reduções dos investimentos e das contratações por parte dos empresários e ainda do baixo nível de confiança dos consumidores”, afirmou André Macedo.

O número de horas de trabalho pagas aos trabalhadores do setor industrial também teve recorde de registro de queda, com redução de 7,5% entre agosto de 2014 e de 2015. Já a retração acumulada do índice nos primeiros oito meses do ano foi de 6,2%. Mais uma vez, o ramo mais atingido foi o de meios de transporte (-11,2%), seguido pela produção de metal (-10,8%).

Desde agosto do ano passado, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria caiu 8,4%. A taxa acumulada nos últimos 12 meses, ao mostrar redução de 5,6% em agosto de 2015, também apontou o resultado negativo mais intenso já registrado pela pesquisa, mantendo a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%). A exceção foi o setor extrativo, que mostrou expansão de 2,1% entre julho e agosto, depois de ter recuado 22,5% no mês anterior.

“Na comparação entre 2014 e 2015, observamos uma sequência de resultados negativos com aprofundamento da magnitude da queda, que alcançou recordes de registro neste mês. Além disso, o panorama negativo é acentuado porque os recuos estão espalhados em todas as atividades pesquisadas nos três quesitos: o número de pessoas trabalhando, a quantidade de horas pagas e o valor na folha de pagamento”, explica o técnico do IBGE.

Cenário
E a tendência de novos cortes de vagas na indústria. As fábricas paulitas demitiram 18,5 mil trabalhadores em setembro (-0,94% ante agosto, com ajuste sazonal) e acumula saldo negativo de 138 mil cortes nos nove primeiros meses de 2015, segundo informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O resultado no acumulado do ano já supera o de todo o ano de 2014, quando os cortes somaram 128 mil. Na comparação com setembro de 2014, são 229 mil vagas a menos, uma queda de 8,77%. “Há muito mau humor. Enquanto o fim do poço não chegar, é agonia E estamos na agonia ainda”, diz o diretor do Departamento de Estudos Econômicos da Fiesp.


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