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Estado de Minas

Greve dos bancários provoca falta de dinheiro nos caixas eletrônicos

Tesoureiros que abastecem os terminais aderiram à paralisação. Ontem, 188 agências de cidades mineiras fecharam as portas


postado em 07/10/2015 08:51 / atualizado em 07/10/2015 10:34

Agência do HSBC da Avenida Afonso Pena com Guajajaras, no Centro de BH (foto: Jair Amaral/EM/D.A/Press)
Agência do HSBC da Avenida Afonso Pena com Guajajaras, no Centro de BH (foto: Jair Amaral/EM/D.A/Press)

A greve dos bancários entrou no segundo dia e já provoca falta de dinheiro nos caixas eletrônicos. Isso porque os tesoureiros que abastecem os terminais aderiram à paralisação. Eliana Brasil, presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, disse que ainda não tem informação sobre a falta de cédulas, mas que na ausência dos tesoureiros, quem abastece os equipamentos são os gerentes de bancos, que continuam trabalhando. "O abastecimento pode estar sendo mais demorado", explica. A greve atinge praticamente todos os bancos, em especial os maiores como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander, Itáu, HSBC, Mercantil do Brasil, Safra, Bonsucesso e Citibank.

Ontem, a greve atingiu pelo menos 188 agências de cidades mineiras, onde há representação do sindicato. As adesões representam 25% do total, sendo boa parte da paralisação na capital. O movimento influenciou, principalmente, agências do hipercentro, Região Hospitalar e Savassi. No interior, em cidades como Betim, Contagem, São João del Rei e Ouro Preto quase a totalidade das agências parou. A categoria marcou para 11h de hoje um ato em frente à agência do Banco do Brasil, localizada na Rua Rio de Janeiro (entre as Ruas Tupis e Tamoios), no Centro de Belo Horizonte.

Em todo país, bancários de 6.251 agências de bancos públicos e privados, além dos centros administrativos, paralisaram suas atividades. De acordo com o Banco Central, o país tem quase 23 mil agências. Segundo Eliana, para o primeiro dia de greve, o número de adesões foi expressivo, o que mostra a indignação da categoria. “Com certeza, esse número deve aumentar, mas não queremos que a população seja prejudicada. Quem dá lucro para os bancos são os bancários e temos nossas reivindicações", afirma.

A paralisação foi decidida depois de 45 dias de negociações entre representantes dos trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os bancários querem correção dos salários de 16% (incluindo reposição da inflação e 5,7% de ganho real), plano de carreira e piso salarial de R$ 3.299, enquanto os patrões oferecem 5,5% de reajuste salarial e vales. A proposta inclui abono de R$ 2,5 mil, não incorporado aos vencimentos.





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