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Estado de Minas

Percepção de cenário ruim levará desemprego a novas altas até fim do ano, diz FGV

Taxa de desemprego deve ficar em 8,5% em 2015, chegando a 10% em 2016


postado em 06/10/2015 13:01 / atualizado em 06/10/2015 16:08

Rio – A percepção dos empresários de que o cenário está ruim e deve continuar assim levará a taxa de desemprego a novos aumentos nos próximos meses, avaliou nesta terça-feira, o economista Rodrigo Leandro de Moura, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Diante das expectativas desfavoráveis, nem as festas de fim de ano devem impedir novas demissões.

Nesta terça-feira, o Ibre/FGV anunciou que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 3,5% em setembro ante agosto, enquanto o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 3,4%. A alta do ICD antecipa avanço da taxa de desocupação, enquanto a queda no IAEmp sinaliza redução no número de vagas.

"O IAEmp indica tendência de queda no emprego, principalmente pelo lado do empresariado, que percebem piora da situação, tanto atual quanto futura. Nem as festas de fim de ano devem impedir demissões, ou pelo menos não haverá contratações temporárias", afirmou Moura.

O que mais preocupa, segundo ele, é a percepção negativa entre os empresários de serviços. O setor é um dos mais intensivos em mão de obra.

A alta do ICD, por sua vez, deve resultar em um aumento mais intenso na taxa de desemprego em setembro. No mês anterior, o indicador recuou e a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país subiu a 7,6%, 0,1 ponto porcentual a mais do que em julho, o que o IBGE considera estatisticamente estável. "Seguindo essa lógica, pode haver forte elevação da taxa de desocupação em setembro diante do resultado do ICD", afirmou o economista.

Para 2015, Moura espera uma taxa de desemprego média de 8,5% em todo o país, tomando como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Já em 2016, a expectativa é de que a taxa chegue a 10%, mas mesmo essa estimativa está com viés de alta, apontou.


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