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Estado de Minas

Taxa de desemprego na Grande BH atinge 6,7% em agosto

Índice é superior aos observados em julho deste ano ano (6%) e em agosto de 2014 (4,2%). Também é a maior taxa para agosto desde 2009


postado em 24/09/2015 10:00 / atualizado em 24/09/2015 13:09

(foto: Soraia Piva)
(foto: Soraia Piva)

O aumento da procura por emprego diante da crise política-econômica e as demissões fizeram a taxa de desemprego subir para 6,7% em agosto deste ano na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). É a maior taxa mensal desde agosto de 2009, quando a desocupação ficou em 7,5%. O índice também é superior aos observados em julho deste ano ano (6%) e em agosto de 2014 (4,2%). Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nas seis principais regiões metropolitanas do país, a taxa de desemprego ficou em 7,6% em agosto, o maior índice desde março de 2010, quando foi registrada a mesma taxa (7,6%). A população desocupada ficou em 1,9 milhão de pessoas, o mesmo contingente de julho deste ano: esse total é 52,1% superior aos dados de agosto de 2014. Em termos absolutos, havia 636 mil pessoas a mais procurando emprego em agosto deste ano do que no mesmo período do ano passado. A população ocupada foi estimada em 22,7 milhões de pessoas, mostrando estabilidade em relação a julho. Em relação a agosto do ano passado, no entanto, caiu 1,8%.

Para especialistas, o mercado de trabalho não vive nem de perto um momento favorável e resultado de agosto reflete a pressão da entrada de pessoas à procura de trabalho num cenário de oferta escassa. "A renda familiar menor levou um maior número de pessoas a buscar emprego, mas essa busca não tem se refletido em aumento da ocupação", explicou o analista do IBGE em Minas Gerais Antonio Braz de Oliveira e Silva. Segundo ele, a tendência de alta no desemprego vem ocorrendo desde o início do ano e subindo gradativamente. Em janeiro deste ano, a taxa na Grande BH era de 4,1%. "Nos primeiros oito meses do ano passado, o desemprego subiu 3,9% em média, contra 5,4% no mesmo período deste ano", disse.

A chamada População Economicamente Ativa (PEA), indicador que leva em conta tanto o universo de trabalhadores quanto o de quem está à procura de emprego atingiu 2.671 mil pessoas em julho, um aumento de 1,6% frente ao mesmo mês do ano passado, o equivalente a 43 mil pessoas a mais em busca de vaga.

Já o número de ocupados foi de 2.491 mil pessoas, uma redução de 1,1% frente ao mesmo mês de 2014, ou seja, menos 27 mil pessoas empregadas. Na comparação anual, o contingente de empregados com carteira assinada no setor privado registrou queda (-4,5%) e o dos trabalhadores por conta própria aumentou 6,9%. Nas demais posições na ocupação houve estabilidade. Na comparação anual, segundo o IBGE, houve um aumento no desemprego com o número de desocupados passando de 110 mil em agosto de 2014 para 180 mil em agosto de 2015, alta de 63,6%.

Na Grande BH, a indústria foi o setor, entre os sete acompanhados pelo IBGE, que mais cortou empregos em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em um ano, foram mais de 53 mil vagas fechadas. "É o setor que mais sente os efeitos da retração e que não vem bem desde outubro de 2013. São 22 resultados negativos, com excessão de novembro de 2014, que registrou tímido aumento no número de vagas", disse o analista do IBGE, Antônio Braz. Já a construção civil demitiu 8 mil pessoas. O setor de outros serviços também cortou vagas. Foram 19 mil postos cortados. Em contrapartida, o comércio registrou aumento de 27 mil vagas, além da admistração pública, com 18 mil postos a mais.

Renda


Se o desemprego caiu a renda do trabalhador diminuiu. Segundo o IBGE, o rendimento médio real da população ocupada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estimado em R$ 1.998,20 em agosto de 2015, caiu 0,4% na comparação julho e 7,2% frente a agosto do ano passado. Entre os tipos de categoria analisadas pelo IBGE, destaque para os trabalhadores que estão atuando por conta própria, com queda de 0,7% no rendimento.

Na comparação com o ano passado, a maior redução foi entre os militares ou funcionários públicos (-6,6%), seguido de trabalhadores por conta própria (-6,3%). Ainda frente a agosto de 2014, o grupamento dos Serviços domésticos registrou estabilidade nos rendimentos e nas demais atividades foram observadas quedas, destacando-se a Educação, saúde, administração pública (-11,3%) e os Serviços Prestados às Empresas (-9,5%).

No país, o rendimento médio ficou em R$ 2.185,50 em agosto deste ano. O valor é 0,5% superior ao registrado em julho deste ano. No entanto, na comparação com agosto do ano passado, o rendimento recuou 3,5%. Na comparação com julho, os rendimentos dos empregados com carteira assinada cresceram 1,3%, enquanto os daqueles sem carteira assinada caíram 6,2%. Entre os grupamentos de atividade, nesse tipo de comparação, houve altas em outros serviços (6,3%), na construção (4,6%) e nos serviços domésticos (1,4%), enquanto foram registradas quedas de 2,4% na educação, saúde e administração pública e de 1,1% no comércio.

Na comparação com agosto do ano passado, houve quedas de 3,4% nos rendimentos dos empregos com carteira assinada e de 12,6% nos empregos sem carteira. Entre os grupamentos de atividade, a única alta foi em outros serviços (3,3%), enquanto as outras seis atividades tiveram queda, com destaque para os rendimentos da construção (-6,4%) e o comércio (-5,9%).


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