Sob forte influência da oscilação cambial, a Vale fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de US$ 1,675 bilhão. Nos três primeiros do ano, a companhia registrou prejuízo líquido de US$ 3,11 bilhões. Segundo a empresa, o resultado reflete principalmente o desempenho do câmbio, que, de janeiro a março, teve forte desvalorização.
No primeiro semestre, o Sistema Sudeste, complexo que compreende as minas de Itabira, Minas Centrais e Mariana, produziu 54,9 milhões de toneladas – 5% acima de igual período do ano passado. A produção em Itabira foi de 16,7 milhões de toneladas nos seis meses. Os resultados estão atrelados à redução no custo por tonelada do minério, de US$ 18,3 (primeiro trimestre) para US$ 15,8 (segundo trimestre).
"Sem desvalorização cambial, que impacta o valor da nossa dívida em dólares, e que, portanto, acarreta um volume grande de despesas financeiras, a Vale voltou a ter lucro, com resultado bastante expressivo", afirma o diretor-executivo de Finanças e Relação com Investidores da Vale, Luciano Siani. A moeda norte-americana sofreu apreciação de 3% de abril a junho, ante desvalorização de 21% nos três primeiros meses do ano.