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Estado de Minas

Retração na indústria fecha concessionárias em Minas

Somente neste ano, 12 autorizadas fecharam as portas em Minas Gerais - pelo menos sete delas na Grande Belo Horizonte


postado em 03/07/2015 06:00 / atualizado em 03/07/2015 10:59

A Concessionária Grande Minas, da GM, que fica na avenida Nossa Senhora do Carmo, fechou as portas (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
A Concessionária Grande Minas, da GM, que fica na avenida Nossa Senhora do Carmo, fechou as portas (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Com a produção e vendas de veículos nos seis primeiros meses deste ano registrando os piores resultados em quase uma década e os estoques nas fábricas e concessionárias equivalente a 49 dias de venda (325 mil unidades encalhadas em junho), as revendas de automóveis estão fechando as portas. Somente neste ano, 12 autorizadas fecharam as portas em Minas Gerais – pelo menos sete delas na Grande Belo Horizonte. A previsão de queda nas vendas projetada pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv) para 2015 chega a 20%. De janeiro a maio, o emplacamento de veículos amarga redução de 18,9% no estado (15,6% apenas na capital, comparado ao mesmo período de 2014”.


No país, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), 429 concessionárias foram fechadas, gerando o corte de cerca de 12 mil postos de trabalho. Como outras 250 foram abertas, no primeiro semestre o saldo é de 242 revendas a menos. No país são 7,5 mil empresas. Apenas em Belo Horizonte, fecharam as portas recentemente Grande Minas Sion, Cheverny e Grenoble, JAC Barão, Lifan (Contagem), Nihon e Vernon.

A principal razão para o ajuste, além da redução do número de emplacamentos de veículos novos, é a capacidade instalada muito acima da demanda. Com um número de concessionárias preparado para trabalhar a um ritmo que varia de 4 milhões a 5 milhões de veículos produzidos ao ano, cortes em toda a cadeia serão inevitáveis, sustenta o presidente do Sincodiv e dono da concessionária Banzai, Camilo Lucian.

Segundo ele, se não houver reação, o mercado certamente atingirá os índices de queda programados, de 18% a 20%, com expectativa de vender 2,75 milhões de carros no Brasil em 2015. “O momento é difícil, muitos empresários estão passando por dificuldades com os seus negócios, e isto varia de acordo (com o volume de vendas) da marca representada. Alto custo e baixo faturamento são impactantes. Além disso a falta de confiança no governo e na reversão rápida da crise econômica contribuem no afastamento dos clientes”, afirma.

O encerramento das atividades de algumas bandeiras, pondera Lucian, prejudicará o consumidor no atendimento pós-venda, uma vez que haverá redução no número de oficinas e peças à disposição. Minas possui hoje 1.342 concessionárias registradas. “Certamente gerará problemas aos proprietários”, reconhece o empresário, que ainda crê em números melhores a partir de julho. “Tudo vai depender das vendas no segundo semestre. Se o mercado não reagir é bem possível uma queda nesses patamares.”

Postos de trabalho
O Sincodiv não informa o número de pessoas empregadas e demitidas pelo setor neste ano, mas o Sindicato dos Empregados em Administradoras de Consórcios, Vendedores de Consórcios, Empregados e Vendedores em Concessionárias de Veículos, Distribuidoras de Veículos e Congêneres no Estado de MG (Sindcon), que representa a categoria, aponta que até junho deste ano foram registradas 2.450 rescisões de contrato de trabalho, contra 4.500 em 2014.


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