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Estado de Minas

Referendo grego divide a Europa

Alemanha se recusa a negociar antes da consulta popular, enquanto França defende que grupo defina solução imediata


postado em 02/07/2015 06:00 / atualizado em 02/07/2015 07:43

O referendo grego marcado para o próximo domingo, para a população decidir se aceita ou não as condições impostas pelos países credores, com medidas de austeridade, está dividindo a Europa. A chanceler alemã, Angela Merkel, se manteve firme em sua posição de não negociar um novo pacote de ajuste até que a Grécia realize a consulta popular. O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, também rechaçou a possibilidade de um acordo antes de os gregos decidirem o que querem para o país. Ao contrário da Alemanha, a França defende uma decisão antes de domingo. Para o presidente francês, François Hollande, é responsabilidade dos outros países da Zona do Euro manter a Grécia na região da moeda comum.

Mesmo depois do calote grego ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e do consequente caos financeiro no país, com os bancos sem liquidez para pagar os saques da população, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, propôs a vitória do “não” no referendo. Mas negou que a permanência da Grécia na zona do euro dependa da escolha dos gregos no domingo. “Sem importar as circunstâncias, o governo grego permanece nas negociações e continuará até o final. Estará aí na segunda-feira, imediatamente depois do referendo, com o melhor fim para os gregos”, ressaltou.

Não há espaço para mais conversas sobre a Grécia neste momento, Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, que é formado por ministros de Finanças da Zona do Euro. A declaração foi feita após o fim da reunião do grupo, ontem. Dijsselbloem citou “a situação política, a rejeição das propostas anteriores, o plebiscito que será realizado no domingo e a defesa do ‘não’ pelo governo grego” como razões para a posição do Eurogrupo. “Nós simplesmente vamos esperar o plebiscito no domingo e levar em conta o resultado”, afirmou. O líder dos ministros disse que sente muito pela situação na Grécia, tendo em vista a forte determinação do povo grego de ser parte da Europa e parte da zona do euro.

BLEFE Para o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto, Tsipras está blefando. “Ele defende o ‘não’ para conseguir condições mais favoráveis dos seus credores, apostando numa visão (como a da França) de que os outros países europeus não vão expulsar a Grécia da zona do euro para não enfraquecer o grupo”, disse.

A Grécia não pagou uma parcela de 1,6 bilhão de euros de sua dívida com o FMI, vencida na terça-feira, e entrou em moratória. Com isso, o programa de ajuda financeira ao país foi paralisado e o pedido de prolongamento do pacote, negado pelo Eurogrupo. O plano de ajuda total soma R$ 240 bilhões desde 2010, mas o último pedido da Grécia doi de R$ 29,1 bilhões para pagamento em dois anos. A proposta do Eurogrupo, caso o governo grego aceite as condições de austeridade impostas pelos credores, é de uma injeção de R$ 15,5 bilhões. (Com agências)


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