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Estado de Minas

Imobiliárias e proprietários congelam aluguel para manter contrato

IGP-M fecha 12 meses em 5,59%, mas prudência diante da crise favorece locatários na hora de renovar os acordos


postado em 30/06/2015 06:00 / atualizado em 30/06/2015 07:39

A alta generalizada dos preços pressionou o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que subiu 0,67% em junho ante registro de 0,41% no mês anterior. O indicador, que é usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel residencial, tem variação acumulada em 2015, até junho, de 4,33%. Em 12 meses, o IGP-M registrou alta de 5,59%. Em junho de 2014, a variação foi de -0,74%, segundo a Fundação Getulio Vargas. Mesmo com indicador em alta, o atual cenário econômico do país, com inflação e juros altos e redução na concessão de crédito, tem feito muitas imobiliárias e proprietários de imóveis desistirem de reajustar os aluguéis na hora de renovar os contratos.

“Agora é hora de conversar e ver o que se aplica melhor para os dois lados e, talvez, estabelecer um acordo temporário, até que a economia volte a apresentar melhora. Talvez seja mais interessante permanecer com o contrato da forma em que está do que ajustar e deixar de ser vantajoso para uma das partes e o imóvel ficar vazio, levando meses para ser ocupado”, afirmou o vice-presidente das corretoras de imóveis da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Flávio Gallizze. No entanto, ele afirma que, nos casos em que os contratos são reajustado de acordo com o IGP-M, o locatário precisa entender que já está conquistando um “desconto”, tendo em vista que o índice está quase três pontos percentuais abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país que acumula alta de 8,47% nos últimos 12 meses.

A diretora do setor de locação da imobiliária Casa Sartori, Suzana Sartori, afirma que tem orientado a maioria dos clientes a não aplicar os reajustes neste momento de economia desaquecida. “Nós temos como base o IGP-M, mas não adianta fazer reajustes se a população não está ganhando dinheiro. Com a economia do jeito que está, as pessoas estão ganhando para sobreviver, o proprietário dos imóveis também têm que se colocar diante da crise”, afirmou. Ainda de acordo com Suzana, o problema mais grave é com os imóveis comerciais, porque as pessoas estão com medo de investir em novos negócios. Em alguns casos, ela afirma que o locador chega a oferecer vantagens temporárias para o locatário continuar com o contrato, como isenção do pagamento do IPTU e seguro incêndio por conta do proprietário do imóvel.

MAIORES ALTAS

Entre os grupos que mais contribuíram para a aceleração do IGP-M está o Despesas Diversas, item que saltou de 0,87% em maio para 5,47% em junho, puxado pela alta do jogo lotérico. Segundo a FGV, também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras quatro classes de despesas, entre as oito pesquisadas. O grupo Alimentação saltou de 0,67% em maio para 0,98% em junho, o grupo Transportes, de 0,14% para 0,28% no mesmo período. As altas no grupo Educação, Leitura e Recreação, que tinha ficado em 0,44% em maio, saltaram para 0,82% em junho. O índice também sofreu variação por conta dos preços nas passagens aéreas, que apresentou alta de 12,67%.


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