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Estado de Minas

Produção industrial tem a maior queda desde julho de 2009

Baixa foi de 9,1% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2014, a 12ª taxa negativa seguida


postado em 01/04/2015 09:22 / atualizado em 01/04/2015 12:51

Principais influências negativas vieram de veículos automotores, reflexo do declínio nas vendas, paralisações de fábricas, avanço dos estoques e cortes de empregos nas montadoras(foto: EM/D.A/Press)
Principais influências negativas vieram de veículos automotores, reflexo do declínio nas vendas, paralisações de fábricas, avanço dos estoques e cortes de empregos nas montadoras (foto: EM/D.A/Press)

A produção industrial voltou a cair em fevereiro após leve recuperação em janeiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda é de 0,9%, ante alta de 0,3%, dado revisado, depois de interromper duas altas seguidas. O dado de dezembro ante novembro também foi revisto, de uma queda de 3,2% para recuo de 1,6%, enquanto o de novembro ante outubro passou de um recuo de 1,1% para queda de 1,2%, e o de outubro ante setembro saiu de um alta de 0,2% para avanço de 0,1%.

Com a revisão, o resultado do fechamento de 2014 passou de queda de 3,3% para recuo de 3,2%. Segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, a forte revisão é resultado do processo de ajuste sazonal após a entrada da nova informação na série histórica. Houve influência da realização do carnaval em fevereiro deste ano, enquanto a data foi celebrada em 2014 no mês de março.

Em relação a fevereiro de 2014, o tombo foi de 9,1%, a 12ª baixa seguida e a maior queda desde julho de 2009, quando recuou 10%. No ano, a produção da indústria acumulou queda 7,1%. Em 12 meses, o resultado foi de baixa de 4,5%.

O efeito calendário contribuiu para as perdas, já que fevereiro de 2015 teve dois dias a menos do que fevereiro de 2014. "Isso poderia explicar a queda, mas não foi só isso. Quando a gente olha a sequência de resultados negativos, ela já vem desde março do ano passado", ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reflexo do declínio nas vendas, paralisações de fábricas, avanço dos estoques e cortes de empregos nas montadoras. Na comparação com fevereiro do ano passado, houve queda de cerca de 30% na produção de veículos, o maior impacto negativo sobre o total da indústria no período. O segmento reduziu a fabricação de 97% dos produtos investigados. "O setor tem registro de paradas para manutenção, férias coletivas, lay off, reduções de jornada de trabalho atingindo não só a produção de automóveis mas também a de caminhões e, consequentemente, atingindo a parte de autopeças. Não por acaso a atividade lidera em termos de impacto negativo (sobre o total da indústria) em todas as comparações", disse Macedo.

Ontem, a Ford demitiu 137 funcionários da fábrica de Taubaté (SP), segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté. A fábrica tem cerca de 1,7 mil trabalhadores, sendo 1,5 mil empregados na produção. Em Minas, desde janeiro, mais de 2 mil trabalhadores da área da autopeças, oficina mecânica e concessionárias já perderam o emprego.

Para especialistas, a expectativa é de um ano perdido para a indústria, com previsão de retomada de crescimento apenas em 2016. O setor encerrou o ano de 2014 com queda acumulada de 3,2%, pior resultado desde 2009, quando a retração foi de 7,1%. (Com agências)


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