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Estado de Minas

Em Davos, Levy diz que desafio é buscar recursos privados

No encerramento do Fórum Econômico Mundial, o ministro da Fazenda admitiu novo rumo do governo para o país recuperar a confiança do setor privado e voltar a atrair investimentos


postado em 25/01/2015 00:12 / atualizado em 25/01/2015 07:28

Davos – As medidas adotadas pelo governo brasileiro na área econômica tentam reconstruir a economia para permitir a volta do investimento. A explicação foi dada ontem pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aos participantes do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Aos presentes no painel ‘A perspectiva da economia global’, Levy disse que a confiança no Brasil diminuiu no ano passado devido às eleições para presidente, o que provocou incertezas.

“Com as eleições, decidimos mudar. A presidente está decidida a tomar algumas medidas para reforçar o investimento”, afirmou o ministro, ao comentar que o crescimento recente do Brasil foi mais ligado ao consumo e o país tenta, agora mudar em direção à criação de demanda pelos investimentos. “Para ter investimento, precisamos de confiança, de certeza. Então, tomamos medidas para aumentar a confiança na economia”, afirmou.

Levy disse, ainda, que o esforço do governo federal está sendo feito com o que chamou de ferramentas tradicionais da economia. Ele citou como exemplo a meta de acumular 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma da produção de bens e serviços – em superávit primário neste ano. "É um aumento significativo. No ano que vem, vamos ter mais", disse. O ministro mencionou, também, o realinhamento de preços, como fator importante para o governo tomar decisões, destacou.

O aumento do volume de investimentos perseguido pela equipe econômica não diz respeito apenas os projetos da iniciativa privada, envolvendo a compra de máquinas e equipamentos. A decisão do governo é de buscar recursos para infraestrutura, a partir da regulação que o país já dispõe sobre a parceria público-privada (PPP). “Estamos confiantes de que podemos ir nessa direção. Isso vai nos permitir continuar com as melhorias da educação e da qualificação do trabalhador. Temos uma população jovem e dobramos a população universitária. Isso ajuda a aumentar o potencial de crescimento”, disse Levy.

Durante o painel, o ministro reafirmou o apoio às reformas estruturais no Brasil, com a avaliação de que a adoção de reformas respalda condições de crescimento sustentável na economia. Ele citou como exemplo específico o sistema tributário. Para Levy, mudanças econômicas geram efeito rápido no Brasil. “Se você agir rápido, você terá resposta rápida. Os empreendedores, por exemplo, reagem muito rapidamente”, disse, ao comentar que a economia brasileira é "muito ágil”. A palestra foi proferida no último dia do fórum, que teve início na quarta-feira. O evento anual reúne as principais lideranças empresariais e políticas do mundo.

Reação mundial A redução dos preços do petróleo e as enormes emissões de dinheiro anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE) foram destacadas pelos palestrantes no fórum como fatores positivos para o crescimento mundial. As duas novidades abrem espaço para maior investimento, comentou o vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o economista chinês Min Zhu. O dirigente do FMI insistiu na importância da atração de investimentos produtivos maiores tanto na Europa quanto em várias economias emergentes, incluída a brasileira. O vigor da economia americana, a maior do mundo, e da China foi igualmente apontado como um motivo de otimismo.


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