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Estado de Minas

Escalada nos juros chega à fatura do consumidor


postado em 27/11/2014 06:00 / atualizado em 27/11/2014 07:36

O consumidor deverá pagar uma fatura ainda mais pesada só com juros nos próximos meses, indicou ontem o Banco Central. A autoridade monetária deixou claro que a recente elevação da taxa Selic tem como efeito justamente encarecer o crédito e reduzir o volume de dinheiro disponível para empréstimos. O problema é que, apesar de ter sido iniciada em outubro, a escalada dos juros só deve chegar ao fim em março de 2015. Isso nas previsões mais otimistas do mercado financeiro. Pior do que isso, além de prolongado, o ajuste tende a ser mais duro do que o inicialmente esperado.

O economista Tony Volpon, chefe de Pesquisas para a América Latina da Nomura Securities, em Nova York, divulgou ontem um comunicado em que diz esperar uma alta de 0,5 ponto percentual na Selic na próxima semana, na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom). Até então, a projeção do analista era de uma elevação menor, de 0,25 ponto. Mais do que a alta, diz Volpon, é a tendência do ajuste, que deverá permanecer em 2015, fazendo com que a Selic chegue, já em janeiro, em 12,25% ao ano.

A radicalização nos juros seria uma forma do BC conter a inflação que tende a subir ainda mais no próximo ano, em virtude das medidas que estão em estudo pela próxima equipe econômica, que deverão resultar em reajustes de preços e aumento de impostos. “No geral, vemos a decisão de nomear (Joaquim) Levy (para o Ministério da Fazenda) como um sinal político para um ajuste mais rápido e mais profundo na economia, deixando de lado o gradualismo que havia sido indicado durante a campanha”, disse o analista.

Não por outro motivo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, recomendou que os consumidores preparem o bolso para um aperto maior das taxas praticadas pelos bancos. “O que se espera no canal de crédito, em perspectiva da elevação da taxa básica (de juros), é uma elevação das taxas ativas, aos tomadores”, disse. “É o mecanismo do canal de transmissão da política monetária”, justificou.


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