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Estado de Minas

Ibovespa quebra sequência de alta

Comitê de política monetária dos Estados Unidos diz que Brasil está em recessão e bolsa fecha em baixa de 0,66%


postado em 09/10/2014 06:00 / atualizado em 09/10/2014 07:30

Brasília – O mercado operou com alta volatilidade ontem, numa reação à corrida presidencial, mas repercutindo, sobretudo, as declarações do comitê de política monetária dos Estados Unidos, o Fomc, que diz textualmente que a economia do Brasil entrou em recessão. O Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, afirmou, em ata, estar receoso com o enfraquecimento do cenário econômico global, principalmente com a contração do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e com a “recessão no Brasil”. A Bolsa brasileira quebrou uma sequência de quatro altas e fechou em baixa de 0,66%.

“O Brasil está como que dentro de uma bolha. Os investidores têm negociado de forma distinta aqui do que nos demais mercados globais por causa do processo eleitoral”, afirma Roberto Indech, analista da corretora Rico.

O Fed também deixou claro que teme ser mal interpretado sobre a mudança na taxa de juros dos EUA. No comunicado anterior, o Fomc repetiu a promessa de que os juros continuariam baixos por um “tempo considerável”. A preocupação com a interpretação indica que está estudando como comunicará a mudança na orientação. As bolsas em Nova York reagiram em alta à ata do Fed e Wall Street teve a melhor sessão do ano, com Dow Jones subindo 1,64% e Nasdaq se valorizando em 1,84%.

No Brasil, a ata do Fed acomodou o sobe-desce do mercado de capitais e reduziu as perdas do dólar. A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) teve um dia nervoso e fechou com queda de 0,66% a 57.058 pontos. O principal índice Ibovespa chegou a subir 1,31% na abertura do pregão, ainda repercutindo as especulações eleitorais. Depois, o índice teve queda de 2%. Por fim, quando finalmente saiu a ata do Fomc, a Bolsa amenizou as perdas, mas não o suficiente para voltar a operar no azul.

Na avaliação do analista da DX Investimentos Felipe Chad, vários boatos provocaram a volatilidade. O índice teve alta de 0,84%, refletindo também o apoio do PSB de Marina à candidatura de Aécio Neves.

ESTATAIS Com a montanha-russa da bolsa brasileira provocada pelas informações contraditórias sobre a corrida eleitoral, os papéis das estatais tiveram altos e baixos. As ações da Petrobras chegaram a cair 5,5%. Depois conseguiram minimizar a perda, e fecharam com queda de 1,83% as ordinárias e desvalorização de 1,69% as preferenciais. Os papéis do Banco do Brasil inverteram o rumo e fecharam com ganhos de 0,62%.

A maior queda ficou por conta dos ativos da Oi, de 7,23%, depois do anúncio da saída do presidente da operadora, Zeinal Bava. “Dando seguimento à novela que se tornou a integração da Oi com a Portugal Telecom, acreditamos que a saída do presidente traz um viés negativo, já que ele conduzia a reorganização operacional da companhia”, afirmou Karina Freitas, da Concórdia Corretora.

O dólar chegou a bater R$ 2,43 na máxima e R$ 2,372 na mínima para depois se acomodar com retração de 0,87%, cotado a R$ 2,381, repercutindo a ata do Fed. Foi a quarta sessão seguida de valorização do real frente à moeda norte-americana. “Chegou no teto e caiu bem com a perspectiva dos juros americanos permanecerem baixos. Teve uma leve recuperação já no final do dia”, avaliou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel. (Com agências)


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