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Estado de Minas

Incerteza em torno das eleições pode afetar crescimento, diz economista

Segundo economista da FGV movimento em torno das eleições presidenciais, com concorrência mais acirrada entre os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas, provocou um clima de incerteza quanto aos rumos da economia


postado em 17/09/2014 16:07 / atualizado em 17/09/2014 16:38

O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace), que sinaliza tendências do comportamento da economia no curto prazo, caiu 0,4%, em agosto, ficando em 121,5 pontos, ante alta de 2% no mês anterior e redução de 1,6%, em junho. Três dos oito componentes da taxa influenciaram positivamente o resultado, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em conjunto com a organização The Conference Board.

Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, que avalia caracteriza o movimento concreto da economia apresentou ligeira alta de 0,1% em agosto, com 127,0 pontos. Em julho, a taxa tinha alcançado 0,2% e, em junho, recuo de 0,6%. O Iace e o ICCE tomam por base as pesquisas em torno das expectativas dos empresários e dos consumidores, além das variações do Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo), da Taxa Referencial de Swaps DI Pré-Fixada - 360 dias e de levantamentos da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) e do balanço da produção de bens físicos medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) .



Segundo o economista Paulo Picchetti, da FGV, o movimento em torno das eleições presidenciais de outubro, com a concorrência mais acirrada entre os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas, provocou um clima de incerteza quanto aos rumos da economia. "As expectativas dos indicadores permanecem indefinidas ante a proximidade das eleições. Ainda é muito cedo para dizer se o crescimento econômico vai melhorar no segundo semestre deste ano, mas o Iace sugere que a economia, provavelmente, continuará em um cenário de dificuldades no curto prazo", disse o economista.

Picchetti explicou que o Iace tem a característica de antecipar mudanças na economia. De acordo com ele, o resultado de agosto (queda de 0,4%) reflete tanto a desaceleração econômica mostrada nos dois trimestres negativos do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) quanto as incertezas do mercado diante do movimento em torno das eleições, com a “reviravolta” dos últimos dias. Já o indicador coincidente caracteriza as mudanças, destacou Picchetti.

O economista do Conference Board, Ataman Ozyildirim, lembrou que, em sete dos oito primeiros meses deste ano, o Iace foi negativo, com desempenho fraco e generalizado dos principais indicadores antecedentes. "A perspectiva mais pessimista observada nas sondagens dos consumidores e nas expectativas em relação ao setor de serviços sobressaíram-se à melhoria das expectativas da indústria de transformação e do mercado de ações em agosto", afirmou Ozyildirim.

O Indicador Antecedente Composto da Economia para o Brasil foi lançado em julho do ano passado pelo FGV/IBRE e pelo The Conference Board. Segundo as instituições, com uma série desde 1996, o Iace antecipou, de maneira confiável, todas as quatro recessões identificadas pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos do Ibre durante este período. O indicador permite uma comparação direta dos ciclos econômicos do Brasil com os de vários países e regiões já cobertos pelo Conference Board: China, Estados Unidos, Zona do Euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México, Coréia, Espanha e Reino Unido.

Com Agência Brasil


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