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Estado de Minas

Indústria vive um dos piores momentos da história, afirma presidente da CNI

Em discurso durante evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, Robson Braga Andrade acrescentou ainda que 2014 foi um ano perdido para o setor


postado em 19/08/2014 16:06 / atualizado em 19/08/2014 16:39

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga Andrade, afirmou que a indústria do país vive "talvez um dos piores momentos da história" e acrescentou que 2014 "está perdido" para o setor.

"Sou empresário há 37 anos e não me lembro de ter vivido um momento tão difícil quanto o do ano passado e desse ano", afirmou em discurso durante evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). Segundo ele, nem mesmo os analistas têm entendido "para onde estamos indo".

Para Andrade, a indústria crescerá entre zero e 0,8% neste ano - a CNI, disse, já chegou a prever alta de até 3% para 2014. "A gente tinha uma expectativa de ter um crescimento mais vigoroso". Entre os motivos apontados para o desempenho, citou "carga tributária elevada, burocracia, falta de crédito, câmbio inadequado para a indústria brasileira e juros elevados".

Em relação ao segundo trimestre, disse que foi um "fracasso". Andrade afirmou que a "indústria automobilística está perdendo vendas, o aço está reduzindo, o setor eletro eletrônico também está diminuindo e as últimas notícias dão como certa a redução no consumo, no varejo e no atacado". Segundo ele, para a indústria isso significa "não reposição dos estoques e não produção de novos produtos para colocar no mercado".

Segundo ele, o governo brasileiro não valoriza o empreendedorismo no país. Na visão de Andrade, não há uma política com o objetivo de estimular as micro e pequenas empresas a crescerem.

A previsão de Andrade para 2015 é de que o setor cresça entre 1 5% e 2%. Ele citou que há estudos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial dando conta de que o Brasil poderá crescer entre 3% e 3,2% no próximo ano. "Para a economia brasileira como um todo, crescer mais do que 3% acho muito difícil", disse. O presidente da CNI acrescentou que a base de comparação, no entanto, será muito baixa.

A respeito de um possível aumento do custo da energia e dos combustíveis em 2015, Andrade disse que, "de certa maneira, reativa a economia". "Dá mais capital para as empresas do setor elétrico, de petróleo e gás e sucroalcooleira. Isso traz também pontos positivos. A preocupação maior do governo é com relação à inflação".

Em seu discurso, no entanto, afirmou que a única certeza é de que o custo de energia no ano que vem estará maior, um insumo fundamental para a indústria brasileira.

O presidente da CNI também lembrou que a entidade apresentou 42 propostas do setor aos candidatos que disputarão a Presidência da República em outubro. "Todos se comprometeram com as propostas que apresentamos. Vamos ver se isso se realiza", disse.


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