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Estado de Minas AGROPECUÁRIO

Capacitação toma conta das fazendas

Começa hoje, em Viçosa, a 85ª Semana do Fazendeiro. Serão oferecidos 243 cursos para produtores interessados em aprimorar suas atividades. Neste ano, o tema é "Agricultura, clima e meio ambiente"


postado em 28/07/2014 07:49

Aulas práticas e teóricas são oferecidas a homens e mulheres do campo e a seus familiares (foto: Daniel Sotto Maior/Divulgação )
Aulas práticas e teóricas são oferecidas a homens e mulheres do campo e a seus familiares (foto: Daniel Sotto Maior/Divulgação )

Agricultores, empresários rurais e familiares têm a oportunidade de participar nesta semana do maior e mais tradicional evento de extensão e capacitação voltado para o produtor rural. Será realizada entre hoje e sexta-feira a 85ª Semana do Fazendeiro, promovida pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata. Serão oferecidos cursos, consultorias coletivas na clínica tecnológica, leilões, exposições, atividades culturais, troca de saberes, entre outras iniciativas, todas voltadas para o homem do campo. Nesta edição, a semana abordará o tema “Agricultura, clima e meio ambiente”, assunto que ganha destaque por conta da seca atípica que atingiu as lavouras este ano e causou enormes perdas de produção.

De acordo como o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFV, Gumercindo de Souza Lima, o evento possibilita ao agricultor conhecer novas técnicas, que poderão ser adotadas em sua propriedade, para aumentar a vida útil e a rentabilidade do negócio. “Este ano, vamos abordar a questão climática em todos os cursos, todos os debates. Temos que arranjar soluções eficazes para que o produtor saiba lidar com a seca, evitando as perdas de produção”, completa Gumercindo. O pró-reitor afirma ainda que sempre no fim de cada Semana do Fazendeiro é feita uma avaliação dos cursos oferecidos. Com isso, muitos são adaptados e surgem novos temas, de acordo com aspectos de inovações tecnológicas. As opções variam de acordo com o momento da política do agronegócio no estado.

A expectativa é que a Semana do Fazendeiro receba cerca de 3 mil produtores rurais, ligados principalmente à cafeicultura e à pecuária. Ainda de acordo com o pró-reitor, o investimento feito pela universidade para realização do evento foi de R$ 450 mil. Mais de 100 mil pessoas devem circular pelo câmpus da universidade, movimentando a bolada de R$ 8 milhões na economia da cidade, incluindo a venda de animais, de máquinas, de artesanatos, leilões e hospedagem em hotéis.

VARIEDADES
Ao todo, são oferecidos 243 cursos ministrados por professores e técnicos administrativos da UFV e órgãos parceiros. A maioria deles é relacionada à agropecuária. Mas há a possibilidade de aprenter sobre fabricação de sabonetes e sabão, educação em família, fotografia digital, higienização de ambientes, orçamento familiar, contação de histórias e produção artesanal. Os cursos são pensados para atender às demandas de todos os que vivem nas propriedades rurais ou tiram seu sustento delas.

As irmãs Natália e Vanessa Yuni Qusahara moram em São Paulo e, pela primeira vez, estão em Viçosa para participar da Semana. Elas contam que a ideia é buscar conhecimento e novas técnicas para aprimorar a produção de hortaliças da família. “Estamos muito animadas, pois trabalhamos com a agricultura convencional e queremos saber as novidade do mercado e aperfeiçoar”, disse Natália. Um dos cursos nos quais ela se inscreveu foi o de manejo da irrigação com uso de irrigâmetro. O objetivo é saber conceitos básicos da técnica, avaliar o sistema e implementá-lo na produção da família em São Paulo. “Neste ano, a produção não foi como a gente esperava. Tivemos perdas por conta da seca, as hortaliças, como agrião e alface, que são nosso carro-chefe, não cresceram. Precisamos nos adequar e a irrigação é boa para controlar nesses momentos atípicos de seca. Será bom também no caso de muito chuva”, explica Natália.

Os participantes podem se inscrever em até 10 atividades, o que inclui cursos, dias de campo e workshops. Todos devem apresentar documento que comprove vínculo rural. As inscrições, para quem não é ligado às atividade rurais, são condicionadas à existência de vaga. A ideia, segundo Gumercindo Lima, é valorizar a agricultura familiar. “A maioria dos participantes que recebemos possui propriedade pequena, com menos de 10 hectares. Nós precisamos direcionar os cursos para quem realmente vai aplicar os aprendizados”, ressalta o pró-reitor.


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