A previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 recuou de 1,05% para 0,97% na pesquisa Focus do Banco Central, na oitava revisão consecutiva do número para baixo. Também é a primeira vez no ano, que o mercado prevê PIB menor do que 1%. Há quatro semanas a expectativa era de 1,16%. Para 2015, a estimativa de expansão seguiu em 1,50% - um mês antes estava em 1,60%.
A projeção para o crescimento do setor industrial em 2014 também apresentou piora em relação a semana anterior, passando de uma retração de 0,90% para uma queda mais intensa, de -1,15%. Para 2015, a estimativa para a indústria recuou de +1,80% para +1,70%. Quatro semanas antes, a Focus apontava estimativa de queda de 0,14% para 2014 e alta de 2,30% em 2015 para o setor.
Os analistas subiram de 34,80% para 34,85% a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. Há quatro semanas estava em 34,65%. Para 2015, segue em 35% há cinco semanas.
Transações correntes
O mercado financeiro elevou a previsão para o déficit em transações correntes em 2014. A pesquisa Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente, este ano, passou de US$ 80,75 bilhões para US$ 81,50 bilhões. Para 2015, a previsão de déficit nas contas externas caiu de US$ 75,00 bilhões para US$ 74,10 bilhões.
Na mesma pesquisa, economistas revisaram de US$ 2,01 bilhões para US$ 2,00 bilhões a estimativa de superávit comercial em 2014. Quatro semanas antes, estava em US$ 2,00 bilhões. Para 2015, a projeção subiu de US$ 9,40 bilhões para US$ 9,80 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, segue em US$ 60,00 bilhões em 2014 há 15 semanas. Para 2015, essa previsão segue em US$ 55,00 bilhões.
IGP-DI
Já a projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2014 caiu de 5,04% para 4,49% na pesquisa do BC. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, recuou de 5,04% para 5,01%. Quatro semanas atrás, o mercado previa para 2014 altas de 5,50% para o IGP-DI e de 5,94% para o IGP-M. Para 2015, a projeção para o IGP-DI segue em 5,50% há 34 semanas. Para o IGP-M, caiu de para 5,61% para 5,55%.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em 2014, caiu de 5,69% para 5,56%. Há um mês, a expectativa estava em 6,04% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2015, a projeção subiu de 5,00% para 5,13%. Um mês antes a expectativa era de 5,00%.
Os economistas ainda mantiveram em 5,00% a previsão para os preços administrados (as tarifas públicas) para 2014. Um mês antes a expectativa era de alta de 5%. Para 2015, a projeção segue em 6,50%. Há quatro semanas, era de 7,00% para o próximo ano.