Os negócios com a música sertaneja também se refletem nas casas da capital que criaram noites específicas para o tema ou são exclusivas dos gêneros que nasceram no interior e ganharam os grandes centros urbanos. A Wood’s é um exemplo do vigor desse mercado. A casa da Grande BH foi aberta em 26 de junho pelos sócios Alê Pampolini, Gustavo Tasca e Manuel Juvêncio Ottoni, em sociedade com a dupla Fernando e Sorocaba. O investimento chegou a R$ 4,5 milhões. E, em um ano, eles já recuperaram este valor e planejam novidades. Hoje, o grupo Wood’s conta com 14 casas em todo o país, acabou de lançar um cruzeiro marítimo exclusivo para a marca e assina diversas festas do gênero.
"O sertanejo explodiu e não é mais só uma tendência. É realidade", destaca Alê Pampolini. Como exemplo, ele cita o navio da Wood’s. Ele ainda não tem roteiro, só data, prevista, para março de 2015, e capacidade para 3 mil pessoas. Mas três dias depois de uma divulgação informal pelas redes sociais, tornou-se um "viral" e já havia mais de 5 mil pré-reservas. "E não tinha nem preço", observa Gustavo Tasca.
A casa, com capacidade para 1 mil pessoas, vive cheia. E a reserva do barril (tipo mesa que fica em local privilegiado para ver o show) e dos camarotes, que saem de R$ 1,8 mil a R$ 2,6 mil, sempre é concorrida. Esses preços são apenas dos espaços, sem contar com o consumo. E há noites em que os pedidos chegam a 35 garrafas de champanhes que custam R$ 395 cada. Isso significa um gasto de mais de R$ 13.800 em apenas uma noite feito por um grupo de 10 amigos.
Pampolini diz que a faixa etária do público da casa varia de 18 a 35 anos, mas há clientes de até 70. O ingresso para dias normais custa a partir de R$ 30 (feminino). Em dias de shows especiais, saem por R$ 80, no mínimo, em primeiro lote.
O Clube do Chalezinho deu início a sua noite sertaneja aos domingos, há cerca de seis anos. E o público não perde o pique. Sempre tem filas na porta. "Foram os clientes que pediram, mas só resolvemos promover quando definimos um padrão voltado para a classe A, em noite exclusiva, e com bilheteria cara, para não ser popular", afirma Ralph Marcelini. "E hoje é um ritmo animado, de festa, deixou de ser o romântico para dor de cotovelo." O empresário mesmo conta que curte sertanejo, tanto que também passou por Capitólio no fim de semana. A boate NaSala, de onde também é sócio, produziu festa no clube do Escarpas do Lago para 1,2 mil pessoas.
CLASSE A NO EMBALO
No Observatório, o sertanejo está entre as atrações há 14 anos, desde a abertura da casa. Mas, segundo o sócio Marcelo Antunes Fonseca, os últimos anos foram de crescimento de público. "Hoje temos duas noites fixas, terça e sexta. E são dias de casa cheia." O local tem capacidade para cerca de 500 pessoas. E o gasto médio varia de R$ 80 a R$ 100. Há pessoas que vão à casa toda terça, ou seja, gastam cerca de R$ 400 apenas com a saída no meio da semana. "A classe A está gostando de sertanejo", garante Fonseca.
A música tanto caiu no gosto dos brasileiros dos grandes centros urbanos que 58% dos ouvintes das rádios do país escutam sertanejo, segundo pesquisa do Ibope Media. E é esse público que movimenta eventos como o Pedro Leopoldo Rodeio Show, que deve reunir cerca de 100 mil pessoas em 5 dias, a partir do dia 30, no município da Grande BH. "Movimenta a economia de toda a região", afirma o coordenador de marketing da festa, Gilberto Viana de Souza. Já o Villa Mix, marcado para 17 de maio, trem a previsão de atrair cerca de 35 mil pessoas ao Mega Space, em Santa Luzia, também na Grande BH. (GR)
"O sertanejo explodiu e não é mais só uma tendência. É realidade", destaca Alê Pampolini. Como exemplo, ele cita o navio da Wood’s. Ele ainda não tem roteiro, só data, prevista, para março de 2015, e capacidade para 3 mil pessoas. Mas três dias depois de uma divulgação informal pelas redes sociais, tornou-se um "viral" e já havia mais de 5 mil pré-reservas. "E não tinha nem preço", observa Gustavo Tasca.
A casa, com capacidade para 1 mil pessoas, vive cheia. E a reserva do barril (tipo mesa que fica em local privilegiado para ver o show) e dos camarotes, que saem de R$ 1,8 mil a R$ 2,6 mil, sempre é concorrida. Esses preços são apenas dos espaços, sem contar com o consumo. E há noites em que os pedidos chegam a 35 garrafas de champanhes que custam R$ 395 cada. Isso significa um gasto de mais de R$ 13.800 em apenas uma noite feito por um grupo de 10 amigos.
Pampolini diz que a faixa etária do público da casa varia de 18 a 35 anos, mas há clientes de até 70. O ingresso para dias normais custa a partir de R$ 30 (feminino). Em dias de shows especiais, saem por R$ 80, no mínimo, em primeiro lote.
O Clube do Chalezinho deu início a sua noite sertaneja aos domingos, há cerca de seis anos. E o público não perde o pique. Sempre tem filas na porta. "Foram os clientes que pediram, mas só resolvemos promover quando definimos um padrão voltado para a classe A, em noite exclusiva, e com bilheteria cara, para não ser popular", afirma Ralph Marcelini. "E hoje é um ritmo animado, de festa, deixou de ser o romântico para dor de cotovelo." O empresário mesmo conta que curte sertanejo, tanto que também passou por Capitólio no fim de semana. A boate NaSala, de onde também é sócio, produziu festa no clube do Escarpas do Lago para 1,2 mil pessoas.
CLASSE A NO EMBALO
No Observatório, o sertanejo está entre as atrações há 14 anos, desde a abertura da casa. Mas, segundo o sócio Marcelo Antunes Fonseca, os últimos anos foram de crescimento de público. "Hoje temos duas noites fixas, terça e sexta. E são dias de casa cheia." O local tem capacidade para cerca de 500 pessoas. E o gasto médio varia de R$ 80 a R$ 100. Há pessoas que vão à casa toda terça, ou seja, gastam cerca de R$ 400 apenas com a saída no meio da semana. "A classe A está gostando de sertanejo", garante Fonseca.
A música tanto caiu no gosto dos brasileiros dos grandes centros urbanos que 58% dos ouvintes das rádios do país escutam sertanejo, segundo pesquisa do Ibope Media. E é esse público que movimenta eventos como o Pedro Leopoldo Rodeio Show, que deve reunir cerca de 100 mil pessoas em 5 dias, a partir do dia 30, no município da Grande BH. "Movimenta a economia de toda a região", afirma o coordenador de marketing da festa, Gilberto Viana de Souza. Já o Villa Mix, marcado para 17 de maio, trem a previsão de atrair cerca de 35 mil pessoas ao Mega Space, em Santa Luzia, também na Grande BH. (GR)