Com tecnologia pioneira no país e orçamento de R$ 100 milhões, a ThyssenKrupp do Brasil lança na quinta-feira a pedra fundamental de sua terceira fábrica mineira, em Poços de Caldas, no Sul do estado. A companhia já iniciou os trabalhos de terraplenagem num terreno de 200 mil metros quadrados, no novo distrito industrial da cidade para a produção de componentes automotivos de alto conteúdo tecnológico e nível de automação. Um outro investimento estratégico da empresa está sendo realizado em Santa Luzia, na Grande BH, num centro avançado de distribuição de serviços, dedicado a clientes dos setores de mineração e cimenteiro.
Os dois projetos fazem parte de um plano de aportes de R$ 450 milhões previsto no país até 2016, que a direção da ThyssenKrupp prefere não detalhar por segmento, à exceção do desembolso na fábrica de Poços, a sétima unidade brasileira de componentes automotivos. A nova planta foi dimensionada para fabricar 1 milhão de conjuntos integrados para motores automotivos, conectando o cabeçote do cilindro do motor e os eixos de comando de válvula num única peça. A esse ritmo de produção, ela atenderá o primeiro contrato firmado pela companhia com uma grande montadora, que já tem planos de expansão para as instalações de Poços, informou ontem Paulo Alvarenga, vice-presidente de Estratégia e Negócios.
Segundo o vice-presidente da ThyssenKrupp, a escolha de Poços para receber a nova planta se deveu à localização próxima de Campinas (a 240 quilômetros) e Belo Horizonte (a 470 quilômetros), regiões que abrigam cadeias importantes de fornecedores da indústria automotiva. Outro fator que influenciou na decisão foi a disponibilidade de mão de obra, inclusive de qualificação em ensino superior. O negócio da empresa na área automotiva mantém 4 mil empregos no Brasil .
A despeito das taxas baixas de crescimento da economia brasileira previstas neste ano, a ThyssenKrupp confirma a sua aposta no país. “O Brasil é um dos nossos principais mercados. Os investimentos confirmam essa visão”, afirma Alvarenga.
IPI MANTIDO ATÉ 31 DE DEZEMBRO
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse ontem que a alíquota atual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo será mantida até 31 de dezembro. A informação foi dada quando ele deixava uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo Moan, o ministro teria avisado que, a partir de 1º de janeiro, a alíquota de IPI incidente sobre os veículos terá um pequeno ajuste. Ontem, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou balanço sobre as vendas e comerciais leves no país. Em outubro foram 313.490 unidades, alta de 6,65% sobre as 293.935 unidades emplacadas em setembro. Entretanto, os emplacamentos no mês passado foram 4,1% inferiores aos de 326.906 veículos em outubro de 2012.