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Estado de Minas

Novas fronteiras do crédito no mercado brasileiro


postado em 20/08/2013 06:00 / atualizado em 20/08/2013 06:50

As micro e pequenas empresas representam uma espécie de nova fronteira do crédito para os bancos e têm muito ainda a participar do bolo de clientes dos bancos, na avaliação de Alessandro Chaves, gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Minas. Ele observa que não pode ser desprezado o fato de que desde 2009 foram formalizados no país 3 milhões de empreendimentos e 300 mil empreendedores individuais passaram a ter registro, os quais até então se financiavam no trabalho como pessoas físicas.

Outro detalhe importante em Minas é que surgiram no estado mais de 110 cooperativas de crédito autorizadas a atender pequenos negócios. “Muitas vezes falta ao banco informação para estabelecer um bom limite de crédito e há situações em que as empresas tomam o crédito mais caro por falta de financiamento e estrutura”, afirma Chaves. Ele supõe que além da iniciativa de trocar dívidas mais caras, o melhor desempenho das carteiras de crédito de alguns bancos pode ser explicado por fatores como a melhor preparação das empresas do ponto de vista contábil e de gestão, a melhor percepção do chamado custo de oportunidade do dinheiro oferecido.

O presidente da cooperativa Divicred, Urias Geraldo de Sousa, não tem dúvidas disso. Com 5.700 associados, a instituição tem aumentado o desembolso para pequenas empresas interessadas em capital de giro, recursos para financiamento, compra de matéria-prima, troca de dívida e em por um fim na relação com agiotas. Urias Sousa acredita que mesmo no cenário de crescimento modesto da economia, os pequenos empreendedores continuarão demandando empréstimos, só que, agora, pedirão mais prazo para pagar.

Érika Marent, dona da marca de bijuterias em couro Camaleoa, de Belo Horizonte, buscou apoio da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e conseguiu aprovação de um pedido de empréstimo de R$ 40 mil para capital de giro a taxa inferior a 1% ao mês, cerca de um quarto dos encargos que ela pesquisou há cerca de três anos. O prazo de pagamento é de 48 meses, com três anos de carência. “A gente não via condições assim e o crédito era muito burocrático. Desta vez, mandei a documentação, em três dias o contrato ficou pronto e o dinheiro foi depositado em seguida”, afirma.

Paulo Sérgio Ferraro, diretor de negócios do Banco do Nordeste, diz que a instituição quer se tornar o maior banco no atendimento às micro e pequenas empresas. No empréstimo ao segmento para investimentos, o BNB financia 100% do projeto, conforme a capacidade de pagamento, oferece prazo de pagamento em 144 meses, com até 48 meses de carência e taxa de 4,2% ao ano. Na modalidade de capital de giro, a oferta é de 36 meses para pagamento, com encargos a partir de 0,5% ao mês.

A Caixa Econômica informou que a demanda de crédito das micro e pequenas empresas tem sido crescente em todas as linhas e faixa de faturamento. A modalidade de empréstimos que mais se destaca é a Girocaixa Fácil, dirigida a empresas com receita anual bruta de no máximo R$ 50 milhões, a juros a partir de 0,94% ao mês e oferecendo prazo de pagamento de até 40 meses. (MV)


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