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Estado de Minas ECONOMIA FRACA

Dificuldades para alugar os imóveis

Mercado desaquecido e oferta de apartamentos e salas comerciais em alta levam a prazos maiores para a locação


postado em 04/08/2013 07:00 / atualizado em 04/08/2013 07:46

Inez de Faria tem cinco imóveis de aluguel. Um deles nunca tinha ficado fechado(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Inez de Faria tem cinco imóveis de aluguel. Um deles nunca tinha ficado fechado (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Se no mercado de vendas de imóveis os usados estão sendo favorecidos, na locação o caminho não é o mesmo. A oferta de unidades é grande, tanto residencial como comercial. E os proprietários de imóveis enfrentam dificuldades de alugar, como não ocorria há anos. A oferta de imóveis residenciais e comerciais teve alta de 31,24% e 26,71%, respectivamente, de janeiro a junho, segundo pesquisa da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI-MG).
A aposentada Inez Venâncio de Faria tem cinco imóveis para alugar em Belo Horizonte e Divinópolis, no Centro-Oeste do estado. Ele trabalha com locação há 15 anos. Neste ano, conta, ocorreu um fato inusitado. Ela ficou seis meses sem alugar um apartamento de dois quartos próximo da Igreja da Boa Viagem, na Região Central da capital. O valor da locação é de R$ 1,6 mil, em edifício com dois elevadores e vaga de garagem. “Ele nunca tinha ficado fechado antes. Estou com uma imobiliária boa, mas o mercado está desaquecido”, afirma. Para locar outra unidade em Divinópolis foram necessários três meses. “E eu estou cobrando valor de mercado”, diz.
Apesar da oscilação no mercado imobiliário, Inez afirma que não vai desistir de apostar na locação. “É um dinheiro que me ajuda e entra todos os meses. Se não for aplicar no aluguel, o que vou fazer com o dinheiro? A taxa de juros está muito baixa”, diz.
A diretora do conselho da CMI Mulher, Daniela Magalhães, afirma que as especulações ao redor do valor do imóvel acabaram. “Tivemos momento de preços subindo muito e com poucas ofertas. Agora, o valor está mais estável e sobe de forma gradativa”, enfatiza. Segundo ela, na hora de alugar o imóvel novo sai na frente do usado se estiver todo montado.

PESO DA BOLSA
Nas vendas, as unidades com valor a partir de R$ 1,5 milhão, segundo Ricardo Pitchon, da Gribel, foram as mais prejudicadas no primeiro semestre. “A bolsa de valores estava muito ruim. O público de alto luxo estava na bolsa e pode ter sentido um pouco essa oscilação, e acabou recuando”, observa. Ele lembra, no entanto, que o mercado de imóveis usados tem um forte potencial de crescimento no Brasil, já que representa apenas 70% das transações. “Em outros países, como os Estados Unidos, o mercado de usados soma 96% dos negócios”, diz.


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