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Estado de Minas

População com capacidade de trabalhar é maior em BH

Pesquisa mostra que 60,4% das pessoas da região estão em idade economicamente ativa, maior percentual entre as metrópoles brasileiras. Indicador favorece o baixo desemprego


postado em 11/03/2013 06:00 / atualizado em 11/03/2013 07:36

Paulo Henrique Lobato


Com37 anos e sócia da PwC, Myrian Moutinho integra faixa da PEA com segunda maior expansão(foto: Cristina Horta/EM/ DA Press)
Com37 anos e sócia da PwC, Myrian Moutinho integra faixa da PEA com segunda maior expansão (foto: Cristina Horta/EM/ DA Press)
Seis em cada 10 moradores da Grande BH fazem parte da chamada População Economicamente Ativa (PEA), indicador que leva em conta tanto o universo de trabalhadores quanto o de quem está à procura de emprego. É o maior percentual (60,4%) entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): além de BH, Recife (51,4%), Salvador (54,8%), Rio de Janeiro (55,1%), São Paulo (59,6%) e Porto Alegre (57,2%). Os índices, compilados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), significam que na capital mineira e entorno há um grande volume de mão de obra à disposição das empresas. Mas empresários alertam que quantidade não é sinônimo de qualidade e que muitos setores, como o de comércio e o da construção civil, penam com a falta de trabalhadores capacitados.

O IBGE tabulou a PEA das seis regiões nos últimos 10 anos e concluiu que o indicador subiu 27,5% na Grande BH – em 2003, a capital mineira ocupava a quarta posição (56,3%). Uma das consequências desse crescimento é a manutenção da taxa de desemprego na Grande Belo Horizonte em nível baixíssimo se comparado com a média nacional. Para se ter ideia, em janeiro passado a taxa foi de 4,2% na capital mineira e de 5,4% no restante do Brasil. É mostra de que a economia da Grande BH está aquecida, principalmente, em razão da dupla comércio e serviços, que responde por 83% do Produto Interno Bruto (PIB) da capital.

“O setor comércio/serviços é muito forte na Grande BH”, reforça Luciene Longo, analista do IBGE. Uma das moradoras da capital que se deram bem nesse ramo foi Myrian Buenos Aires Moutinho. Em 2012, ela se tornou sócia da PwC, que presta consultoria para centenas de empresas do Brasil e do exterior. Formada em ciências contábeis, ela entrou na empresa, há 15 anos, como trainee. Sua dedicação e competência a fizeram subir alguns cargos na PwC, que emprega cerca de 150 pessoas em Belo Horizonte. E o número deve aumentar nas próximas semanas, pois, até 25 de março, a organização estará recebendo inscrições para preenchimento de 15 a 20 vagas.

MEIA IDADE

“É um caminho em que a pessoa precisa se superar a cada dia, se preparar sempre”, orienta Myrian, que tem 37 anos. A PEA da faixa etária na qual ela se encontra, de 25 a 49 anos, foi a segunda que mais cresceu entre os grupos pesquisados pelo IBGE, no período de 10 anos, na Grande BH. De 2003 a 2012, a população economicamente ativa na capital mineira e cidades vizinhas subiu 26,8%. Novamente foi o maior avanço entre as regiões metropolitanas. A faixa etária com maior variação nesse intervalo foi a do grupo de homens e mulheres com mais de 50 anos, numa mostra de que a expectativa de vida do brasileiro está aumentando e de que muitos trabalhadores se aposentam e continuam na ativa.

Tanto é que, na última semana, outro estudo do Ipea concluiu que os homens, depois de se aposentarem, trabalham em média por mais sete anos e três meses. As mulheres, mais cinco anos e quatro meses. “Quem tem 60 anos de idade, nos dias de hoje, é diferente de quem tinha 60 anos há algumas décadas. O pessoal está cuidando mais da saúde”, avalia Luciene Longo, do IBGE. No estudo, os técnicos do instituto concluíram que “em dez anos, o aumento da participação do grupo de 50 anos ou mais de idade (61,2%) foi o mais expressivo, tendo sido verificado em todas as regiões metropolitanas, com destaque para Salvador e Belo Horizonte, com crescimentos de 88,7% e 83,5%, respectivamente. As menores variações no período foram registradas no Rio de Janeiro (45,5%) em Porto Alegre (50,9%)”.

JOVENS

Curiosa é a variação da PEA na faixa etária de 18 a 24 anos. A Grande BH foi a única região com taxa positiva entre 2003 e 2012 (0,5%). “Já é reflexo da queda de fecundidade desde a década de 1970. Tanto é que a pirâmide etária está em forma de botijão, mais gordinha no centro, porque, cada vez, estão nascendo menos crianças. É o bônus demográfico, ou seja, a população ativa em relação aos inativos está maior”, completou Luciene. Outra fato que não pode ser ignorado é que a abertura de várias faculdades em todo o país possibilita aos jovens dessa faixa etária se dedicarem mais aos estudos antes de enfrentarem o competitivo mercado de trabalho.

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