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Estado de Minas

Hooters terá loja em BH

Rede que ficou mais famosa pelas garçonetes que pelo cardápio procura imóvel na capital, embalada pelo sucesso em outros estados, mas aposta em um estilo "tropical" e familiar


postado em 16/02/2013 06:00 / atualizado em 16/02/2013 07:19


Depois de inaugurar duas casas em São Paulo e preparar o lançamento de uma unidade na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e de outra em Santo André, no ABC Paulista, a rede norte-americana Hooters procura um imóvel em Belo Horizonte para abrir sua quinta filial no país. Conhecida mundialmente por apresentar garçonetes trajadas com shorts curtos e camisetas decotadas, a rede tem por contrato a meta de inaugurar a cada ano pelo menos duas casas no país e a capital mineira está na lista de preferidas para o investimento, dependendo somente de um local para concluir a negociação.

A dificuldade encontrada se deve à necessidade de o estabelecimento ter pelo menos 500 metros quadrados de área, sendo o ideal 600 metros quadrados, além de pé-direito alto e grande espaço para a cozinha. Uma boa opção podem ser os shoppings centers, mas, no caso de BH, os dois principais concorrentes já estão presentes em dois dos maiores centros comerciais. O Applebee's está presente no BH Shopping e o Outback no Pátio Savassi. Com isso, a saída pode ser mesmo uma loja de rua em um bairro da Região Centro-Sul. “São parâmetros técnicos obrigatórios, o que nos faz entrar em um funil”, afirma o presidente da Hooters no Brasil, Marcel Gholmieh.

Se as exigências técnicas são rígidas, a rede passa por adaptações mais sutis ao formato brasileiro. Entre outros, as famosas garotas Hooters devem ficar em segundo plano. Numa tentativa de tornar o ambiente mais “familiar”, apesar de manter as moças, a rede deve ter o foco voltado para a transmissão de eventos esportivos (jogos de golfe, basquete, futebol americano e, claro, futebol) e a elaboração de cardápio diferenciado. O famoso cartão com a garçonete deitada sobre o capô de um carro não foi adotado por aqui e foi criado um espaço kids para a diversão de crianças, com videogame e DVD. Mesmo com as modificações, as duas casas paulistanas têm público majoritariamente masculino. Os homens da clientela chegam a representar dois terços de uma das unidades.

Em São Paulo, por exemplo, as unidades ganharam o famoso pastelzinho, que se tornou o segundo item mais pedido e será incorporado ao cardápio das lojas de Cingapura. Na conferência da rede, que será realizada no México, o produto também será apresentado, podendo ser comercializado em outras unidades da América Latina com a bandeira do Brasil. A caipirinha também entrou na lista de bebidas. “Se tivermos uma grande demanda por um prato tipicamente mineiro, podemos acrescentá-lo ao cardápio”, afirma Gholmieh, ressaltando que a aprovação dos pastéis pela Hooters of America foi bastante demorada.

Tropical

Aproximadamente um terço do menu foi adaptado aos costumes brasileiros. Outra novidade da chamada tropicalização do cardápio é a definição opções para almoço, em vez da venda exclusiva de porções, como se dá nos Estados Unidos e outros países, com refeições que variam de R$ 24,90 a R$ 34,80 (para crianças o preço é de R$ 17). “No Brasil, não há o costume de almoçar junk food todos os dias. Criamos alternativas ao gosto brasileiro”, explica o presidente da Hooters Brasil.

No ano passado, a rede faturou R$ 13 milhões no Brasil, com a unidade da Vila Olímpia tendo operado o ano inteiro e a do Shopping Mooca somente no segundo semestre – ambas na capital paulista. Neste ano, a expectativa é de que os valores dobrem. Além de Belo Horizonte, a Hooters deve criar unidades em Vitória (ES) e nas principais cidades-sede da Copa’2014. Depois das lojas localizadas nos Estados Unidos, a unidade da Vila Olímpia é a terceira com maior faturamento no mundo, atrás somente das de Tóquio e Cingapura.


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