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Estado de Minas

Maioria dos jovens deseja empreender

Pesquisa mostra que, no Brasil, 56% das pessoas de 20 a 28 anos pretendem montar um negócio próprio


postado em 09/09/2012 07:30 / atualizado em 09/09/2012 07:43

Bernardo Dinardi, da Tempero Mídia, explora as lacunas do mercado(foto: LECA NOVO/DIVULGAÇÃO)
Bernardo Dinardi, da Tempero Mídia, explora as lacunas do mercado (foto: LECA NOVO/DIVULGAÇÃO)
Um bom ambiente de trabalho, realização profissional e retorno financeiro são desejos que têm levado os jovens a empreender cada vez mais no Brasil. Segundo a 11ª edição da Pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens, realizada pela agência de recrutamento Cia de Talentos em parceria com a empresa de pesquisas em gestão e desenvolvimento de pessoas Nextview People, 56% dos 46 mil jovens entrevistados, com idade entre 20 e 28 anos, disseram que, em algum momento da carreira, abrirão uma empresa. Desse total, ainda segundo a pesquisa, 51% pretende empreender dentro de seis anos, motivados a trabalhar em áreas com a quais se identifiquem.

O levantamento mostra ainda que caiu de 85% para 75% o interesse dos jovens em trabalhar em empresas privadas. Enquanto cai o interesse em trabalhar para terceiros, a vontade de conquistar independência financeira e ao mesmo tempo fazer algo interessante cresce e motiva cerca de 54,3% dos jovens. Mas 37,2% deles revelam que ainda precisam aprimorar seus conhecimentos para gerir um negócio próprio.

Os números justificam a boa colocação do Brasil na taxa de empreendedorismo – que mede a porcentagem de empreendedores em relação à população adulta – divulgada pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2012 (GEM). Nesse ranking, o país ficou com a 8ª posição entre 54 países analisados. O Brasil passou à frente de países como Estados Unidos, que ficou com o 16º lugar, mas perde para Tailândia que ficou com o 1º lugar, China (2º lugar) e Argentina (3º lugar).

Acompanhando o bom resultado da pesquisa, em Minas os bons exemplos de jovens empreendedores se multiplicam em uma geração que está em busca de satisfação pessoal. “Esse interesse demonstra que há uma mudança de cultura e que o jovem quer ser dono do próprio nariz”, afirma o coordenador de pós-graduação da Trevisan Escola de Negócio, Olavo Furtado. Para o professor, o interesse dos jovens cresce motivado pelos cases de sucesso espalhados pelo mundo. “Eles não querem mais ser funcionários e estão usando exemplos como o de Mark Zuckerberg (criador do Facebook) para também tentar fazer dinheiro”, completa. Furtado lembra ainda que, nesse meio, se destacam os jovens dispostos a preencher lacunas.

É exatamente isso o que tenta fazer o sócio-diretor da Tempero Mídia, Bernardo Dinardi. Ao unir tecnologia digital e inovação para atender as demandas do mercado e alavancar as vendas de seus clientes, a empresa especializada em soluções digitais tem experimentado um crescimento acelerado, cerca de 100% ao ano. A Tempero é, por exemplo, a única empresa do Brasil que trabalha com a mídia olfativa - “TV com cheiro” - no anúncio de produtos, segundo Dinardi. “Vejo que o mercado está carente de fornecedores que estejam atentos às novas tendências e que dominem as novas tecnologias”, considera. “Dessa forma, o próprio mercado vê o jovem empreendedor como grande propulsor dessa inovação”, acrescenta. Ainda de acordo com Dinardi, a facilidade em lidar com o novo é o que leva os jovens a perceber as grandes oportunidades que o mercado oferece e absorvê-las, preenchendo assim as lacunas. “O diferencial é o conhecimento das tendências e das novas tecnologias, bem como a facilidade de lidar com elas”, diz.

Ousadia que faz a diferença


É o fácil acesso a novas informações e um relacionamento mais próximo com o universo online o principal responsável pelo bom desempenho dos jovens empreendedores. “Quem está entrando agora no mercado tem um olhar diferenciado sobre as demandas dos clientes e já entende que precisa buscar todos os dias informações para se atualizar e também atualizar o próprio negócio”, explica Monique Queiroz, que junto com a irmã Sabrina Queiroz, gerencia a loja multimarcas Allori.

O negócio, para Monique que é formada em Comércio Exterior, veio como alternativa para driblar o desemprego em sua área de formação. “Me formei na época da crise e muitos colegas que estavam para ser contratados foram demitidos, outros passaram num processo de trainee”, lembra. “Para ganhar mais eu deveria ir para uma grande empresa e teria que me mudar. Como não queria isso, resolvemos arriscar na loja”, acrescenta. Hoje, depois de um ano de trabalho no estabelecimento, que fica na Savassi, as irmãs pensam em abrir uma nova loja de rua.

Antenada às demandas de suas clientes a também empresária Luciana Batista, proprietária da La Tène Acessórios, fidelizou as clientes ao usar os diferenciais de seu perfil. “Somos parte de uma geração mais criativa e a busca por informação é constante porque não temos um perfil acomodado”, diz. “No dia a dia e no relacionamento com as clientes, ser atualizado e saber o que acontece no mercado faz toda a diferença porque passa segurança”, afirma.

Luciana começou a empreender há dois anos, depois de trabalhar em hotelaria. “Trabalho muito mais que se eu trabalhasse em uma empresa. Meu trabalho toma meu dia todo e continuo pensando nele quando vou embora. Ao mesmo tempo, é muito satisfatório colher os resultados.”


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