Brasília –A indústria automotiva evita comentar qual é a margem de lucro de suas operações no Brasil, mas é inegável dentro do setor que a rentabilidade dessas empresas é elevada, apesar de elas estarem sempre com o pires na mão quando se encontram com autoridades do governo. A prova disso é o volume de remessas para suas matrizes, que cresce ano a ano. Levantamento feito pela reportagem junto ao Banco Central revelou que o volume enviado ao exterior somou US$ 22,2 bilhões em sete anos, quase a metade do que elas investiram entre 1980 e 2011 no país (US$ 47,3 bilhões).
Os incentivos de redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) têm uma contrapartida exigida pela presidente Dilma Rousseff, que consiste na manutenção dos empregos e dos investimentos no país além de elevar o índice de nacionalização dos componentes. Mas esse acordo não vem sendo cumprido. No início do ano, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fez uma estimativa de que, até 2015, o investimento programado pelo setor no país chegaria a US$ 22 bilhões. Entretanto, esse número deverá ser revisto, pois incluía, por exemplo, a fábrica da chinesa Jac Motors que desistiu neste fim de semana de desembolsar R$ 900 milhões (cerca de US$ 450 milhões) em uma unidade em Camaçari (BA). Para piorar, a General Motors adiou a decisão de instalar uma unidade de módulos de transmissão (câmbio) em Joinville (SC) e pretende desativar as linhas de produção de três modelos (Corsa, Meriva e Zafira) no complexo de São José dos Campos (SP), no Vale do Paraíba.
Na avaliação dos especialistas, a montadora norte-americana foi a última das quatro líderes do segmento a renovar o portfólio, considerado o mais ancião do setor. Depois de aposentar o Astra e o Vectra, iniciou a produção dos modelos Cobalt e Cruze e do monovolume Spin (substituto da Meriva e da Zafira) em São Caetano do Sul (SP), no ABC. Essas linhas poderiam ter ido para o Vale do Paraíba, mas a falta de acordo com o sindicato levou-as para o ABC. Além disso, o leque de importados cresce. A Argentina é responsável por colocar no mercado brasileiro o Agile, um dos destaques de vendas da marca, e o México, o utilitário Captiva. A recém-lançada minivan Sonic é importada da Coreia do Sul.
As ameaças de demissão no complexo da GM de São José dos Campos, que emprega 7,2 mil funcionários, fizeram com que o governo interviesse nas negociações na semana passada. "No auge da produção do complexo, por volta de 2005, trabalhavam 12 mil pessoas na unidade", lembrou o conselheiro da SAE Brasil, Francisco Satkunas. Ontem, em São Paulo, o ministro do Trabalho, Brizola Neto, afirmou que as discussões ainda estão ocorrendo e a GM se comprometeu a contratar outros trabalhadores para a linha de produção de Gravataí (RS), onde fabrica o Celta e o Prisma e desenvolve o Projeto Ônix, um novo sedã. "Há uma decisão empresarial que deve ser respeitada, mas estamos dialogando para garantir que a realocação da mão de obra", disse o ministro. E as negociações prosseguem. Hoje, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, se reúne com representantes da Anfavea e da GM.
Movimento orquestrado
Em paralelo, os fabricantes de veículos costuram um movimento orquestrado de demissão em massa de trabalhadores, principalmente em cidades onde os sindicatos de metalúrgicos são mais atuantes. A intenção, segundo fontes ligadas às diretorias das empresas, é fechar as fábricas "não rentáveis" e, ao mesmo tempo, convencer o governo que não houve rompimento do compromisso de manter os postos de trabalho em troca da redução do IPI. A ideia vem sendo amadurecida e foi ventilada pelo ex-presidente da Anfavea, André Beer, que acusou os sindicalistas de radicais e sugeriu que a operação da GM no Vale do Paraíba deveria ser encerrada.
Dispensas não ferem a lei, pois o trabalhador da iniciativa privada não tem estabilidade. "Nesse caso, elas são imorais. Não faz sentido o governo perder receita e a empresa querer fugir do risco inerente à própria atividade", disse o advogado Eduardo Valença, da Escola Superior de Advocacia da OAB-RJ. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de S. José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, afirmou que o setor automotivo nunca respeitou o trato com a presidente Dilma. "Em plena vigência do acordo, Volkswgem, Volvo, Mercedez Benz e Scania fizeram PDV (processo de demissão voluntária), para mascarar a verdade. A GM fechou 2,5 mil postos nos últimos 15 meses, para contratar mão de obra mais barata, nessa que é a planta mais rentável do Brasil e do mundo", disse.
Pelos cálculos de Barros, nos últimos 10 anos, o setor teve isenções fiscais de R$ 27 bilhões. A economista Renata Belzunces, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), comprovou que, nos últimos 12 meses encerrados em junho, a GM fechou 1.189 postos de trabalho no país. A Anfavea informou que o nível de emprego no setor subiu de 131 mil para 142 mil, entre junho de 2011 e de 2012, e não falou sobre previsão de contratações para 2012.
Alta na inflação do aluguel
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), referência para corrigir os preços de contratos de aluguel, subiu 1,34% em julho, mais que o dobro registrado no mês anterior, e registrou a maior alta desde novembro de 2010 . Em junho, a elevação foi de 0,66%. A taxa de julho é superior à registrada no mesmo período do ano passado (-0,12%). No acumulado de 12 meses, o indicador avançou 6,67%, e, no ano, sobe 4,57%.
De acordo com vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi), Fernando Júnior, a alta vem como alerta, apesar de afirmar que ainda não gera impacto significativo e direto ao setor imobiliário em Minas. “Os novos contratos geralmente são regulados pelo valor de mercado e não sofrem impacto. Já os contratos em curso são os reajustados pelo IGP-M, mas isso ocorre anualmente”, explica. “Então, somente se o processo de alta se repetir nos próximos meses é que poderemos saber se a inflação vai prejudicar o setor com aluguéis mais caros”, acrescenta.
Para os inquilinos, o importan
te na hora de renovar os contratos é o acumulado de 12 meses do índice. Na ponta do lápis, significa um aumento de, no mínimo, R$ 66,70 para aluguéis de R$ 1 mil, por exemplo. A tendência até o fim do ano, segundo especialistas, é o indicador apertar ainda mais o orçamento das famílias com incrementos no custo do aluguel acima de 7%.
TENDÊNCIA As principais justificativas para o aumento do IGP-M são a alta dos grãos e o reajuste dos combustíveis. Segundo os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Brasil, em julho, a soja encareceu 14,89%; o milho, 6,74%; e o café 2,36% – todas essas altas pressionaram o IGP-M para cima e devem continuar exercendo esse peso pelo menos até o fim do ano. O óleo diesel subiu 5,96%.
“A tendência daqui para frente é que os produtos agrícolas continuem acelerando”, observou Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil. Na avaliação dele, o aumento do preço do diesel, assim como dos alimentos, deve afetar o indicador. Para Flávio Combat, economista-chefe da Concórdia Corretora, a soja e o milho devem manter a trajetória de aceleração, “refletindo tanto um choque doméstico de oferta, por condições climáticas desfavoráveis, quanto um choque externo de demanda, com a quebra da safra de grãos nos Estados Unidos”.
Entretanto, para o coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, Salomão Quadros, o movimento considerado atípico deve seguir uma tendência de desaceleração nos próximos meses. “Acredito que a continuação de uma alta tão forte quanto essa não deve se repetir”, considera.
Calote das empresas sobe 16,5%
Brasília – Com a piora generalizada da condição econômica global, os números que medem a capacidade das empresas brasileiras de honrar seus compromissos voltaram a apresentar forte alta. Diante de resultados menores nas vendas e na geração de receitas, a inadimplência nesse segmento avançou 16,5% no s seis primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2011. Foi o pior resultado para um primeiro semestre desde 2009 (35,8%), informou ontem a Serasa Experian. Na comparação com igual mês de 2011, a alta foi de 11,4%.
Entretanto, a inadimplência das empresas recuou 5,7% em junho ante maio (9,4%). Por essa razão, explica o economista Carlos Henrique de Almeida, coordenador do estudo, não é possível afirmar que o resultado do mês passado possa se repetir com a mesma intensidade nos meses seguintes. “Vínhamos de uma alta muito forte em maio. Então, era esperado que junho fosse bem menor”, disse. O economista trabalha com a perspectiva que o indicador recue nos próximos meses, mas ainda não o bastante para reverter o quadro atual.
O ritmo dessa queda também é motivo de pessimismo, pois espera-se que as empresas só consigam obter resultados mais consistentes a partir do últimos meses do ano. Em contrapartida, a inadimplência do consumidor, que variou 19,1% no semestre, poderá perder força. Para a Serasa, o cenário global recessivo influencia mais negativamente empresas do que pessoas.
Incerteza
Pensamento semelhante tem a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em relatório, a instituição afirma que, embora possa se dizer que o ritmo da retomada da atividade no Brasil e a evolução do cenário externo pareçam mais consistentes, é certo que “o grau de incerteza (ainda) permanece muito elevado”.
Os incentivos de redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) têm uma contrapartida exigida pela presidente Dilma Rousseff, que consiste na manutenção dos empregos e dos investimentos no país além de elevar o índice de nacionalização dos componentes. Mas esse acordo não vem sendo cumprido. No início do ano, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fez uma estimativa de que, até 2015, o investimento programado pelo setor no país chegaria a US$ 22 bilhões. Entretanto, esse número deverá ser revisto, pois incluía, por exemplo, a fábrica da chinesa Jac Motors que desistiu neste fim de semana de desembolsar R$ 900 milhões (cerca de US$ 450 milhões) em uma unidade em Camaçari (BA). Para piorar, a General Motors adiou a decisão de instalar uma unidade de módulos de transmissão (câmbio) em Joinville (SC) e pretende desativar as linhas de produção de três modelos (Corsa, Meriva e Zafira) no complexo de São José dos Campos (SP), no Vale do Paraíba.
Na avaliação dos especialistas, a montadora norte-americana foi a última das quatro líderes do segmento a renovar o portfólio, considerado o mais ancião do setor. Depois de aposentar o Astra e o Vectra, iniciou a produção dos modelos Cobalt e Cruze e do monovolume Spin (substituto da Meriva e da Zafira) em São Caetano do Sul (SP), no ABC. Essas linhas poderiam ter ido para o Vale do Paraíba, mas a falta de acordo com o sindicato levou-as para o ABC. Além disso, o leque de importados cresce. A Argentina é responsável por colocar no mercado brasileiro o Agile, um dos destaques de vendas da marca, e o México, o utilitário Captiva. A recém-lançada minivan Sonic é importada da Coreia do Sul.
As ameaças de demissão no complexo da GM de São José dos Campos, que emprega 7,2 mil funcionários, fizeram com que o governo interviesse nas negociações na semana passada. "No auge da produção do complexo, por volta de 2005, trabalhavam 12 mil pessoas na unidade", lembrou o conselheiro da SAE Brasil, Francisco Satkunas. Ontem, em São Paulo, o ministro do Trabalho, Brizola Neto, afirmou que as discussões ainda estão ocorrendo e a GM se comprometeu a contratar outros trabalhadores para a linha de produção de Gravataí (RS), onde fabrica o Celta e o Prisma e desenvolve o Projeto Ônix, um novo sedã. "Há uma decisão empresarial que deve ser respeitada, mas estamos dialogando para garantir que a realocação da mão de obra", disse o ministro. E as negociações prosseguem. Hoje, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, se reúne com representantes da Anfavea e da GM.
Movimento orquestrado
Em paralelo, os fabricantes de veículos costuram um movimento orquestrado de demissão em massa de trabalhadores, principalmente em cidades onde os sindicatos de metalúrgicos são mais atuantes. A intenção, segundo fontes ligadas às diretorias das empresas, é fechar as fábricas "não rentáveis" e, ao mesmo tempo, convencer o governo que não houve rompimento do compromisso de manter os postos de trabalho em troca da redução do IPI. A ideia vem sendo amadurecida e foi ventilada pelo ex-presidente da Anfavea, André Beer, que acusou os sindicalistas de radicais e sugeriu que a operação da GM no Vale do Paraíba deveria ser encerrada.
Dispensas não ferem a lei, pois o trabalhador da iniciativa privada não tem estabilidade. "Nesse caso, elas são imorais. Não faz sentido o governo perder receita e a empresa querer fugir do risco inerente à própria atividade", disse o advogado Eduardo Valença, da Escola Superior de Advocacia da OAB-RJ. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de S. José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, afirmou que o setor automotivo nunca respeitou o trato com a presidente Dilma. "Em plena vigência do acordo, Volkswgem, Volvo, Mercedez Benz e Scania fizeram PDV (processo de demissão voluntária), para mascarar a verdade. A GM fechou 2,5 mil postos nos últimos 15 meses, para contratar mão de obra mais barata, nessa que é a planta mais rentável do Brasil e do mundo", disse.
Pelos cálculos de Barros, nos últimos 10 anos, o setor teve isenções fiscais de R$ 27 bilhões. A economista Renata Belzunces, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), comprovou que, nos últimos 12 meses encerrados em junho, a GM fechou 1.189 postos de trabalho no país. A Anfavea informou que o nível de emprego no setor subiu de 131 mil para 142 mil, entre junho de 2011 e de 2012, e não falou sobre previsão de contratações para 2012.
Alta na inflação do aluguel
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), referência para corrigir os preços de contratos de aluguel, subiu 1,34% em julho, mais que o dobro registrado no mês anterior, e registrou a maior alta desde novembro de 2010 . Em junho, a elevação foi de 0,66%. A taxa de julho é superior à registrada no mesmo período do ano passado (-0,12%). No acumulado de 12 meses, o indicador avançou 6,67%, e, no ano, sobe 4,57%.
De acordo com vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi), Fernando Júnior, a alta vem como alerta, apesar de afirmar que ainda não gera impacto significativo e direto ao setor imobiliário em Minas. “Os novos contratos geralmente são regulados pelo valor de mercado e não sofrem impacto. Já os contratos em curso são os reajustados pelo IGP-M, mas isso ocorre anualmente”, explica. “Então, somente se o processo de alta se repetir nos próximos meses é que poderemos saber se a inflação vai prejudicar o setor com aluguéis mais caros”, acrescenta.
Para os inquilinos, o importan
te na hora de renovar os contratos é o acumulado de 12 meses do índice. Na ponta do lápis, significa um aumento de, no mínimo, R$ 66,70 para aluguéis de R$ 1 mil, por exemplo. A tendência até o fim do ano, segundo especialistas, é o indicador apertar ainda mais o orçamento das famílias com incrementos no custo do aluguel acima de 7%.
TENDÊNCIA As principais justificativas para o aumento do IGP-M são a alta dos grãos e o reajuste dos combustíveis. Segundo os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Brasil, em julho, a soja encareceu 14,89%; o milho, 6,74%; e o café 2,36% – todas essas altas pressionaram o IGP-M para cima e devem continuar exercendo esse peso pelo menos até o fim do ano. O óleo diesel subiu 5,96%.
“A tendência daqui para frente é que os produtos agrícolas continuem acelerando”, observou Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil. Na avaliação dele, o aumento do preço do diesel, assim como dos alimentos, deve afetar o indicador. Para Flávio Combat, economista-chefe da Concórdia Corretora, a soja e o milho devem manter a trajetória de aceleração, “refletindo tanto um choque doméstico de oferta, por condições climáticas desfavoráveis, quanto um choque externo de demanda, com a quebra da safra de grãos nos Estados Unidos”.
Entretanto, para o coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, Salomão Quadros, o movimento considerado atípico deve seguir uma tendência de desaceleração nos próximos meses. “Acredito que a continuação de uma alta tão forte quanto essa não deve se repetir”, considera.
Calote das empresas sobe 16,5%
Brasília – Com a piora generalizada da condição econômica global, os números que medem a capacidade das empresas brasileiras de honrar seus compromissos voltaram a apresentar forte alta. Diante de resultados menores nas vendas e na geração de receitas, a inadimplência nesse segmento avançou 16,5% no s seis primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2011. Foi o pior resultado para um primeiro semestre desde 2009 (35,8%), informou ontem a Serasa Experian. Na comparação com igual mês de 2011, a alta foi de 11,4%.
Entretanto, a inadimplência das empresas recuou 5,7% em junho ante maio (9,4%). Por essa razão, explica o economista Carlos Henrique de Almeida, coordenador do estudo, não é possível afirmar que o resultado do mês passado possa se repetir com a mesma intensidade nos meses seguintes. “Vínhamos de uma alta muito forte em maio. Então, era esperado que junho fosse bem menor”, disse. O economista trabalha com a perspectiva que o indicador recue nos próximos meses, mas ainda não o bastante para reverter o quadro atual.
O ritmo dessa queda também é motivo de pessimismo, pois espera-se que as empresas só consigam obter resultados mais consistentes a partir do últimos meses do ano. Em contrapartida, a inadimplência do consumidor, que variou 19,1% no semestre, poderá perder força. Para a Serasa, o cenário global recessivo influencia mais negativamente empresas do que pessoas.
Incerteza
Pensamento semelhante tem a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em relatório, a instituição afirma que, embora possa se dizer que o ritmo da retomada da atividade no Brasil e a evolução do cenário externo pareçam mais consistentes, é certo que “o grau de incerteza (ainda) permanece muito elevado”.