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Estado de Minas

Índice Uai vai da rentabilidade à perda na bolsa

Criado como referência do desempenho das ações de empresas mineiras, índice Uai cai 2,15%, puxado por Usiminas e MRV


postado em 10/06/2012 08:24

As ações ordinárias (com direito a voto) da Usiminas desabaram em maio – quando o grupo siderúrgico foi excluído do índice MSCI Brazil Index (Morgan Stanley Capital International) – afetando drasticamente a visibilidade das empresas mineiras na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) neste ano. O MSCI mede o desempenho dos papéis em diversos países e regiões e serve como referência para investidores nacionais e estrangeiros. Até abril, as cinco companhias de Minas com maior liquidez na bolsa – e portanto integrantes do IBrX-100, indicador das 100 ações mais negociadas em número de negócios e volume financeiro – registravam ganho de 21,78%, mais que o dobro dos 9,99% atingidos pelo Ibovespa.

Com a queda de 49,6% das ações ordinárias da Usiminas só no mês passado, o cenário se inverteu e as mineiras passaram a registrar queda de 2,15% de janeiro a maio frente a uma alta de 3,99% do índice mais importante da bolsa. O levantamento, divulgado com exclusividade pelo Estado de Minas, é da V10 Investimentos, corretora afiliada da XP Investimentos em Minas Gerais, que há dois meses produz e avalia o Índice Uai, criado para acompanhar o comportamento das empresas mais líquidas do estado. “É uma forma de verificarmos como as ações das mineiras evoluem em relação ao mercado”, explica o economista da V10 Luiz Paulo Moreira Pinho.

Além das ações ordinárias e preferenciais da gigante mineira do aço, a construtora MRV Engenharia, Localiza, Cemig e Copasa compõem o novo indicador. Elas estão listadas entre as 100 ações mais líquidas da Bovespa, o que significa estar entre as mais negociadas durante os pregões.

Segundo Luiz Paulo, a Usiminas responde por mais de 40% do resultado do índice, sendo a empresa mineira com maior volume de negócios na Bovespa. Na sexta-feira, as ações ordinárias fecharam o dia cotadas a R$ 8,69.

O fato de a Usiminas ter perdido rentabilidade se soma à alta dos custos de produção e à dificuldade da companhia de repassá-los aos preços, o que pôs a siderúrgica na berlinda entre os investidores. “Sem contar que não se trata de uma usina totalmente integrada”, acrescenta William Castro Alves, analista da XP Investimentos. A desvalorização das ações da MRV Engenharia também contribuiu para o resultado negativo do Índice UAI. Os papéis da construtora caíram 39,52% nos últimos 12 meses.

Cemig, Copasa e Localiza, por sua vez, sustentaram os bons resultados que as mineiras vinham apresentando até abril e impediram retração ainda maior do índice em maio. Só os papéis da concessionária de energia renderam 63,31% aos acionistas nos últimos 12 meses, enquanto a companhia de saneamento registrou expansão de 38,66% no valor de suas ações no mesmo período. A Localiza – especializada na locação de veículos – acumulou alta de 21,51% de suas ações.

As empresas mineiras listadas não estão sendo recomendadas pela XP Investimentos. “Temos uma visão positiva em relação à Cemig e Copasa, mas o receio quanto a uma desaceleração do mercado de carros seminovos e assistimos a um momento complicado vivido pela construção civil. Isso torna pouco atrativas ações da Localiza e MRV”, avalia Castro Alves.


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