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Estado de Minas

Bancos miram a pequena empresa

Instituições privadas acompanham a iniciativa das públicas e derrubam os juros para empréstimos de capital de giro


postado em 12/05/2012 06:00 / atualizado em 12/05/2012 07:10

Os bancos públicos e privados entraram na guerra pelas contas das micro e pequenas empresas. O apetite está crescendo pelo setor que tradicionalmente enfrenta o gargalo do capital de giro e recursos para investimentos. Na quarta-feira o Banco do Brasil (BB) anunciou novos cortes nas taxas para micro e pequenos empresários projetando este mês crescimento de até 35% nas linhas de crédito para o segmento. Ontem foi a vez de o Itaú Unibanco anunciar que a partir de segunda-feira as taxas vão ficar menores, começando a partir de 1,10% ao mês para capital de giro.

Além do custo do dinheiro, as garantias exigidas pelas instituições financeiras têm funcionado como barreiras para o crédito. A expectativa é de que o crescimento do uso de ferramentas como o cartão de crédito, impulsione os empréstimos, uma vez que os recebíveis fazem o risco da operação cair. Pesquisa do Sebrae com o microeempreendedor individual aponta que 70% dos financiamentos contratados pelo segmento utilizam recursos destinados para pessoa física ao invés de produtos para empresas.

Aperto

Outro dado que mostra o sufoco do mercado é o papel dos fornecedores que ainda financiam negócios e empreendimentos com operações de alto custo. “Um dado positivo é que temos notado uma maior disposição dos bancos e cooperativas de crédito para atender as micro e pequenas empresas. O empresário deve agora se preparar para buscar o crédito”, alerta Alessadro Chaves, gerente da Unidade de Acesso a Serviços do Sebrae-Minas.

 O diretor de micro e pequenas empresas do BB, Adilson do Nascimento Anísio, anunciou que Minas Gerais terá uma agência especializada para atender os micro e pequenos empresários. O modelo que já existe em Campo Grande (MS) deve ser inaugurado no Centro de Belo Horizonte nos próximos meses. Segundo Anísio, na agência o empresário poderá conhecer as soluções financeira mais adequadas para o seu perfil, assim como entender o funcionamento e custos das linhas de crédito disponíveis para o segmento. Em abril 6,5 mil novos clientes levaram suas contas para a carteira pessoa jurídica do banco, contratando empréstimos para liquidar operações em outras instituições, o que somou o volume de R$ 400 milhões.

O vice presidente de Micro e Pequenas Empresas da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marco Antônio Gaspar diz que o juro mais barato vai facilitar a entressafra para o pequeno empresário, que pode aproveitar o período para garantir seu estoque. Segundo ele, com as últimas reduções anunciadas pelos bancos o juros para capital de giro caiu cerca de 0,4 ponto percentual ao mês para empresários que oferecem garantias ao banco, como as vendas no cartão. “Mesmo assim, o crédito continua caro. Há espaço para mais cortes nos juros.”

 Alessandro Chaves diz que ainda é difícil medir o ganho real do setor, já que o custo efetivo dos financiamentos vai variar de acordo com o relacionamento do cliente com o banco. Além das taxas é preciso observar os penduricalhos que elevam o custo efetivo do crédito. Tarifas para abertura de conta ou atualização do cadastro podem engolir a diferença que veio com a queda das taxas. “O empresário precisa comparar as taxas. Com juros menores pode valer a pena substituir dívidas.”


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