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Estado de Minas

Dia de provas também alterou rotina de familiares de candidatos no concurso

Enquanto os participantes se concentravam no exame, os parentes ficaram na torcida


postado em 04/03/2012 19:39 / atualizado em 04/03/2012 19:54

O concurso da Secretaria de Estado de Educação (SEE) não movimentou apenas a rotina dos mais de 262 mil inscritos. Além dos candidatos, o dia de provas também alterou a programação dos familiares que foram acompanhar os participantes neste domingo (04/03), data de realização da primeira etapa do concurso, composta por prova de múltipla escolha, com 60 questões.

Luiz Carlos da Silva, de 42 anos, é motorista particular, mas neste domingo, o seu itinerário pelas ruas de Belo Horizonte teve um trajeto mais que especial: levar a esposa Renata Rodrigues, para fazer prova. Ela concorria a uma vaga na carreira de Professor da Educação Básica, para atuar nos anos iniciais do ensino fundamental. “Sei que é um dia importante para ela que já trabalha há oito anos como professora. Minha esposa estudou muito e é muito esforçada, por isso acho que vai conseguir a vaga”, deseja.

Porém, não foi apenas a rotina profissional de Luiz Carlos que foi alterada. “Para conseguir trazer a minha esposa aqui e esperar até que ela finalize a prova tive que deixar o nosso casal de filhos com a minha sogra. Quis acompanhá-la, porque consideramos que o concurso é um ponto importante para a nossa vida. É a possibilidade de poder planejar melhor o que podemos fazer. A esposa de Luiz Carlos fez a prova na Escola Estadual Santos Dumont, em Venda Nova, Belo Horizonte. O casal mora no município de Ribeirão das Neves.

Familiares aguardam os parentes que participavam do concurso público da educação(foto: Divulgação/SEE)
Familiares aguardam os parentes que participavam do concurso público da educação (foto: Divulgação/SEE)
O operador de máquinas,Walace Soares Fernandes, de 40 anos, também foi dar o seu apoio à esposa. Renata Santos também concorria a uma vaga para professora dos anos iniciais do ensino fundamental. Para Walace, a esposa tem grandes chances de estar entre os aprovados do concurso. “Ela está bem tranquila, trabalha há quatro anos em um escola no município em que moramos, Vespasiano. Ela ‘almoça’ e ‘janta’ escola. Juntando isto à dedicação, acho que ela vai mandar bem na prova”, comenta Walace que levou a esposa para fazer prova na região de Venda Nova.

Já técnico em Informática Ronaldo de Oliveira Ferreira experimentou os dois lados do concurso: o dos candidatos que fazem as provas e o dos familiares e amigos que ficam à espera e na torcida. “Fiz a prova para a carreira de Assistente Técnico Educacional, para trabalhar na secretaria das escolas. Sempre gostei de estudar e acho que fiz boa prova. Minha irmã tenta para a carreira de professora da Educação Básica para os anos iniciais do ensino fundamental. Então, além de torcer pelo meu bom desempenho, desejo que minha irmã também seja aprovada”, torce. O candidato e a irmã, Roberta de oliveira, fizeram prova em Venda Nova.

Torcida em peso


No bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte, enquanto os candidatos se concentravam nas questões da prova, do lado de fora da Escola Estadual Padre Eustáquio a preocupação de Moises Luis da Silva e Marcos Antônio Campos era acalmar as pequenas Alice e Mariana, gêmeas de sete meses, filhas de Moises. Vizinhos e amigos, Moises e Marcos vieram trazer suas esposas para fazer as provas e enquanto a hora de saída não chegava eles se revesavam nas brincadeiras com as pequenas.

"Minha esposa é formada em pedagogia e trabalha como técnica em laboratório. Ela quer passar no concurso para ter mais segurança, enquanto isso eu fico olhando as meninas", conta Moises, que é casado com Maria Lúcia da Silva, que tenta vaga para professora dos anos iniciais.

Marcos, por sua vez, acompanhava a esposa Maria Simone Silva Campos, que também tentava o cargo de professora. Com 22 anos de casado e três filhos crescidos, Marcos vive um momento diferente como pai, mas se assemelha ao vizinho em um aspecto: a torcida pela esposa.

"A família é de sete irmãs e as sete são professoras, está no sangue. Ela estudou bastante e acho que tem condições de passar", espera Marcos, que também trabalha em escola estadual, como auxiliar de serviços gerais.

Provas

Composta por 60 questões de múltipla escolha, a prova teve duração de quatro horas. O concurso oferece um total de 21.377 vagas. Por questões de logística, uma parte dos candidatos fez prova no turno da manhã e outra parte no turno da tarde, de acordo com o cargo escolhido no ato de inscrição. No turno da manhã, foram 305 locais de prova que teve o acompanhamento de 9.328 fiscais. Já no período da tarde, foram 9459 fiscais para 294 locais de aplicação.

As provas foram realizadas em escolas estaduais, municipais e instituições de ensino técnico e superior. O concurso foi aplicado pela Fundação Carlos Chagas e coordenado pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).


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