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Estado de Minas

Vale compra R$ 12 bi de empresas mineiras

Mineradora dobra valor de aquisições no estado. Minas responde por 32% do fornecimento às unidades no país


postado em 09/02/2012 06:00 / atualizado em 09/02/2012 06:41


A Vale duplicou o volume de compras feitas em Minas Gerais em dois anos e atingiu a marca recorde de R$ 12 bilhões no ano passado. O valor, que mostra crescimento de 115% em relação aos R$ 5,4 bilhões desembolsados em 2009, é o maior da história e representa 32% dos R$ 36 bilhões investidos pela mineradora na aquisição de bens e serviços em todo o país em 2011. Em relação a 2010 (R$ 8,15 bilhões), o crescimento foi de 45%. Os números fazem da Vale a maior empresa privada em compras em Minas, e do estado o maior fornecedor de bens e serviços para a empresa no Brasil.

“Esse aumento foi puxado pelo desenvolvimento dos nossos projetos no estado”, afirma o gerente-geral do Centro de Serviços Compartilhados da Vale, Fábio Feijó, lembrando que a abertura e expansão de minas exige produtos de alto valor agregado. Ele ressalta que o percentual de internalização (abastecimento das unidades mineiras por fornecedores locais) saltou de 73% para 76% em dois anos. “Isso não é comum. Quando aumentam as compras, o mercado local não acompanha. Isso mostra a maturidade do estado e a vocação de Minas para atender a Vale, que vem de muito tempo”, observa Feijó. Apenas em 2001, dos R$ 10,7 bilhões gastos pela empresa para atender suas unidades em Minas, R$ 8,7 bilhões foram atendidos por fornecedores locais.

Ainda sem uma projeção do total de recursos destinados às compras este ano, Fábio Feijó lembra que a empresa prevê investimentos de US$ 21,4 bilhões em 2012, o que deve manter em alta a aquisição de produtos e serviços. Além dos investimentos a empresa implantou em 2009 o programa Inove para fortalecer sua cadeia de suprimentos. “A Vale financia o fluxo de caixa, consegue compras com preços menores para reduzir custos e fornece capacitação técnica para os fornecedores com o programa”, revela Feijó. Em todo o país, o programa já liberou R$ 500 milhões em créditos (empréstimos e antecipação de notas fiscais), com R$ 200 milhões destinados a fornecedores mineiros, desde o começo do Inove.

Apagão de fornecedores

O aumento do volume de compras feitas na região das unidades faz parte da estratégia da Vale de fomentar o desenvolvimento das comunidades onde atua, mas vai garantir um benefício maior para a empresa. Com um parque de fornecedores locais, a mineradora “fideliza o fornecimento” para suas operações e ameniza o risco de um apagão de fornecedores no futuro. “O Brasil está crescendo muito e há pouca disponibilidade de fornecedores. Com os investimentos em óleo e gás, é cada vez mais difícil encontrar fornecedores e ter empresas próximas permite a formação e fidelização desses fornecedores”, afirma Fábio Feijó. “Se a empresa não fizer nada, não vai ter fornecedor”, acrescenta.

Segundo Feijó, o desenvolvimento das empresas mineiras permite que elas atendam a Vale em todo o país. Em relação às compras para as operações no estado, o gerente-geral do Centro de Serviços Compartilhados da mineradora lembra que os R$ 2 bilhões adquiridos de outros estados e países especificamente para as unidades em Minas foram destinados a produtos de grande porte, como caminhões fora de estrada, por exemplo, e itens que a indústria estadual não fabrica.


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