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Estado de Minas

Aeroporto Regional da Zona da Mata esbanja estrutura, mas revela falhas

Acesso difícil e voos por aproximação visual são obstáculos


postado em 25/08/2011 06:00 / atualizado em 25/08/2011 09:09

Erguido ao custo de R$143mi, o aeroporto de Goianá é bem-estruturado, mas tem pouco avião.(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press.)
Erguido ao custo de R$143mi, o aeroporto de Goianá é bem-estruturado, mas tem pouco avião. (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press.)


Goianá –
Muita estrutura e modernidade, mas pouco avião, passageiro e carga. O Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, a 45 quilômetros de Juiz de Fora, foi planejado para ser a base de um polo logístico internacional, com investimento total de R$ 143,3 milhões. Faltam, no entanto, adequações no acesso e nos obstáculos naturais para fazer a clientela chegar.

A reportagem do Estado de Minas levou nessa quarta-feira uma hora no percurso do Centro de Juiz de Fora ao aeroporto de Goianá, na MG-353, que liga as duas cidades. Em quase todo o trecho, de mão dupla e com muitas curvas e quebra-molas, duas carretas provocaram a fila de cinco veículos, que não puderam fazer a ultrapassagem em função das condições da estrada.

O acesso difícil ao aeroporto desanima algumas companhias aéreas. “A estrada ainda é complicada, com fluxo grande de caminhões. Nos preocupamos com o conforto de nossos passageiros. Por enquanto, vamos tentar usar o aeroporto como rota alternativa, quando não der para operar em Juiz de Fora”, afirma Evaristo Mascarenhas de Paula, diretor de marketing da Trip Linhas Aéreas.

A Azul Linhas Aéreas fez na terça-feira o primeiro voo no aeroporto, de Campinas (SP) para Juiz de Fora, com partida às 12h42. A viagem inversa ocorre às 14h35. A companhia aérea, por enquanto, é a única a operar com voos em Goianá. “Acreditamos no futuro do aeroporto, que tem uma posição geográfica privilegiada. Temos até a intenção de voar com jato lá. Mas para ter a operação plena é preciso que seja retirado um morro do alinhamento de uma das cabeceiras da pista”, observa Miguel Dau, vice-presidente técnico operacional da Azul.

O voo inaugural da companhia no aeroporto estava previsto para segunda-feira, mas  devido às condições meteorológicas desfavoráveis a rota teve que ser desviada para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) no Rio de Janeiro. Por enquanto, o pouso e decolagem em Goianá só podem ocorrer nas operações realizadas por aproximação visual, uma vez que o aeroporto ainda não tem procedimento de voo por instrumentos aprovado pelo Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea).

Tempo

Segundo o Decea, já foi realizado o voo de inspeção para que o aeroporto possa operar por instrumentos, mas a autorização oficial só deve ser liberada por volta de 23 de setembro.  

O diretor adjunto da Multiterminais Alfandegados do Brasil, Denílson Duarte, administradora do aeroporto de Goianá, afirma que a meta é montar no aeroporto um hub logístico para a distribuição de cargas no Sudeste. “Queremos nos tornar o segundo aeroporto internacional de Minas”, diz.

A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) informou que a obra de retirada de obstáculos naturais do aeroporto de Goianá já foi concluída para que seja feito o transporte regular de passageiros. Outras intervenções serão feitas, mas ainda dependem de estudos. Em relação à melhoria no acesso, há dois trechos que vão ganhar investimentos, segundo a secretaria.

A advogada Betsabé Sebba gastou 1h10 na estrada de Juiz de Fora ao aeroporto de Goianá e chegou atrasada ao balcão de check-in. “Eles precisam melhorar esse acesso, pois tem muito trânsito, sinal e caminhão. Não podemos fazer nenhuma ultrapassagem”, diz.


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