Nem de graça: destinos para evitar visitar em 2026
8 lugares perigosos no planeta para não arriscar turistar, especialmente mulheres e pessoas LGBTQIA+
compartilhe
SIGA
Em um mundo cada vez mais conectado, o turismo continua a crescer, mas nem todos os destinos são acolhedores ou seguros. Com base em relatórios recentes de organizações como o International SOS, o Women, Peace and Security Index (WPS) da Georgetown University e o Spartacus Gay Travel Index, compilamos uma análise crítica dos lugares que devem ser evitados em 2026. Esses destinos apresentam riscos elevados de violência, instabilidade política, discriminação e crimes, agravados para mulheres e a comunidade LGBTQIA+.
Os dados revelam padrões alarmantes: conflitos armados persistem em regiões como o Oriente Médio e a África, enquanto leis discriminatórias e violência de gênero afetam milhões. Ignorar esses alertas pode resultar em experiências traumáticas ou até fatais. Abaixo, destacamos alguns dos piores destinos, respaldados por índices e estatísticas atualizadas para 2025/2026.
Leia Mais
Afeganistão: epicentro de perigo e discriminação
O Afeganistão lidera listas de risco extremo, com classificação de "alto risco" no Risk Map 2026 da Riskline, devido a conflitos armados, terrorismo e falta de infraestrutura básica. No Women, Peace and Security Index 2025/26, o país pontua apenas 0.286, o pior do mundo, refletindo violência sistemática contra mulheres, incluindo restrições ao educação e mobilidade impostas pelo Talibã. Para pessoas LGBTQ+, é extremamente perigoso: homossexualidade é punível por morte sob a sharia, e o Spartacus Gay Travel Index 2025 o classifica como um dos piores, com zero tolerância social ou legal. Em 2025, relatos de execuções e perseguições aumentaram, tornando-o inaceitável para turistas.
Iêmen: guerra civil e violência de gênero endêmica
Classificado como um dos mais perigosos no mundo pelo International SOS Risk Outlook 2026, o Iêmen enfrenta guerra civil contínua, fome e colapso humanitário, com alto risco de sequestros e bombardeios. O WPS Index dá uma pontuação de 0.287, destacando homicídios intencionais de mulheres e falta de segurança nas ruas. Para a comunidade LGBTQ+, leis islâmicas criminalizam relações homoafetivas com pena de morte em áreas controladas por grupos extremistas, conforme o Asher & Lyric LGBTQ+ Danger Index. Em 2025, a ONU reportou mais de 4 milhões de deslocados, muitos vítimas de violência sexual, tornando viagens impraticáveis.
Sudão: conflitos e ataques a minorias
O Sudão é listado entre os top 10 crises humanitárias pela IRC em 2026, com violência armada e ataques a trabalhadores humanitários. No ranking de países perigosos da The Independent, ocupa posição alta devido a instabilidade política e crime. Mulheres enfrentam riscos elevados: o Women's Danger Index aponta para alta taxa de violência sexual não parceira, com pontuação baixa no WPS (cerca de 0.4). Para LGBTQ+, homossexualidade é ilegal e punível com prisão ou morte, com o Spartacus Index 2025 alertando para hostilidade social extrema. Em 2025, confrontos em Cartum resultaram em milhares de mortes, incluindo minorias perseguidas.
Irã: repressão política e leis discriminatórias
Com alertas de "não viajar" em várias agências, o Irã é perigoso devido a protestos, terrorismo e detenções arbitrárias. Para mulheres, o Women's Danger Index 2025 o classifica como alto risco, com leis obrigando hijab e punindo "imoralidade", levando a prisões e violência policial – como visto nos protestos de 2022-2025. LGBTQ+ enfrentam pena de morte por sodomia, tornando-o um dos mais perigosos no Asher & Lyric Index. Dados de 2025 mostram execuções recordes, com mais de 800 relatadas pela Anistia Internacional.
Arábia Saudita: reformas superficiais, riscos profundos
Apesar de aberturas turísticas, a Arábia Saudita permanece perigosa para minorias. O Asher & Lyric LGBTQ+ Danger Index a classifica como a segunda pior, com homossexualidade punível por morte ou flagelação. Mulheres ainda lidam com tutela masculina limitada, e o WPS Index aponta para baixa inclusão (pontuação média-baixa). Crimes de honra e violência doméstica são comuns, com relatórios de 2025 indicando aumento em detenções de ativistas. Geralmente, o Risk Outlook 2026 alerta para terrorismo e crime em áreas rurais.
Nigéria: violência sectária e leis anti-LGBTQ+
A Nigéria é considerada uma das mais perigosas para LGBTQ+ pelo Asher & Lyric Index, com leis federais punindo homossexualidade com até 14 anos de prisão, e sharia no norte permitindo apedrejamento. Para mulheres, o Solo Travel Safety Index 2026 a lista entre as piores, com alta taxa de sequestros e violência sexual em regiões como o Delta do Níger. O International SOS classifica partes do país como "extremo risco" devido a Boko Haram e crime. Em 2025, mais de 1.500 mortes por violência intercomunitária foram registradas.
África do Sul: violência urbana e de gênero
Top no Women's Danger Index 2025 com pontuação de 771.82, devido a altas taxas de estupro (mais de 40.000 casos anuais) e homicídios de mulheres. Para LGBTQ+, apesar de leis progressistas, há violência homofóbica em townships, com o Spartacus Index alertando para riscos em áreas rurais. O Risk Map 2026 destaca crime violento em cidades como Joanesburgo.
Rússia: invasão e hostilidade social
Com a guerra na Ucrânia, a Rússia é perigosa, com alto risco de detenções e violência. Mulheres enfrentam alta taxa de violência doméstica, pontuando mal no Women's Danger Index. Para LGBTQ+, leis anti-"propaganda gay" e violência estatal pioraram em 2025, com o Spartacus Index classificando-a baixa.
Em conclusão, esses destinos destacam falhas globais em segurança e direitos humanos. Viajantes, especialmente mulheres e LGBTQ+, devem priorizar lugares com altos índices de paz, como Dinamarca ou Canadá. Consulte sempre alertas oficiais antes de planejar. O turismo responsável começa com escolhas informadas.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia