O ovo aumenta o colesterol ou isso é apenas um mito alimentar antigo? Veja
O que a ciência atual realmente diz sobre o consumo do ovo
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O ovo já foi vilão, depois herói, e até hoje gera dúvidas em quem tenta cuidar da saúde. A pergunta que não sai da cabeça de muita gente é direta: ovo aumenta o colesterol ou isso é só mais um mito da alimentação?
Ovo aumenta o colesterol para todo mundo?
O ovo tem colesterol na gema, isso é fato. Mas isso não significa, automaticamente, que ele eleva o colesterol no sangue. O corpo possui um sistema inteligente de controle chamado de produção endógena, no qual o fígado ajusta o quanto produz de colesterol de acordo com o que você consome na alimentação.
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Ovo aumenta o colesterol e qual o verdadeiro vilão da história
Aqui está um ponto crucial que muita gente confunde. O colesterol do ovo não é o principal responsável pelo aumento do LDL. As gorduras saturadas e as gorduras trans são as grandes vilãs do colesterol alto, presentes em frituras, ultraprocessados, carnes gordas e produtos industrializados.
Estudos mostram que cerca de 70% das pessoas conseguem consumir até 3 ovos por dia sem alteração significativa do colesterol. Já aproximadamente 30% são mais sensíveis ao colesterol alimentar e podem, sim, apresentar aumento nos exames. Por isso, a resposta nunca é igual para todo mundo.
Quem precisa ter mais cuidado ao consumir ovos?
Apesar de ser seguro para a maioria, existem grupos que precisam de mais atenção. Antes de entrar nas recomendações, é importante entender quem deve monitorar com mais rigor:
- Pessoas com histórico de colesterol alto
- Pessoas com doenças cardiovasculares
- Quem já teve infarto ou AVC
- Pessoas com síndrome metabólica
- Indivíduos altamente sensíveis ao colesterol alimentar
Nesses casos, o acompanhamento com médico e nutricionista é essencial para definir a quantidade ideal e segura de gemas por semana.
Clara, gema e a qualidade do ovo fazem diferença?
A clara é praticamente só proteína e não tem colesterol. Já a gema concentra vitaminas, minerais, antioxidantes e o próprio colesterol. Quando alguém consome apenas a clara, reduz o colesterol ingerido, mas também perde boa parte dos nutrientes mais valiosos do alimento.
Outro detalhe importante é a qualidade do ovo. Ovos de galinhas criadas soltas e com ração enriquecida com ômega-3 tendem a ter perfil nutricional melhor. Também já foi observado que até diabéticos tipo 2 conseguem consumir cerca de 2 ovos por dia, desde que a dieta como um todo seja equilibrada.
A relação entre ovo e colesterol é esclarecida neste vídeo do canal Nutricionista Patricia Leite, que reúne mais de 8 milhões de inscritos. O conteúdo já ultrapassou 397 mil visualizações e explica, com base em evidências, se o consumo de ovo realmente aumenta o colesterol LDL. No vídeo abaixo, Patricia detalha tudo de forma simples e sem mitos:
Ovo aumenta o colesterol em quais situações e quando vale se preocupar
| Situação | Efeito mais provável |
|---|---|
| Pessoa saudável e ativa | Não altera significativamente |
| Consumo junto com dieta rica em frituras | Pode elevar o LDL |
| Sensíveis ao colesterol alimentar | Pode aumentar |
| Consumo só de claras | Reduz ingestão de colesterol |
| Acompanhamento médico regular | Maior segurança no consumo |
O efeito do ovo no colesterol depende da individualidade bioquímica, da qualidade da alimentação como um todo e do estilo de vida.
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