De olho nas mudanças no padrão de autocuidado no país, a Apsen desenvolveu, junto ao Instituto Locomotiva, um estudo que revelou mudanças no comportamento entre os brasileiros das classes A e B: apenas 7% praticam atividade física com foco em estética ou controle de peso.
A maioria (93%) se exercita movida por outros fatores, como bem-estar (27%), melhora da saúde geral (36%) e para se preparar para o envelhecimento (12%).
Nomeada “Adequa Brasil: reflexões da atividade física em nosso país”, a pesquisa entrevistou 600 pessoas – homens e mulheres de 18 a 50+ anos, das classes A e B, em todas as regiões do país. Os dados revelam uma tendência de redefinição da relação com o corpo, em que o foco migra da estética para uma visão integral de saúde e propósito.
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Dentre os entrevistados, 71% praticam algum tipo de atividade física e 65% afirmam ver o exercício como um momento de prazer, não uma obrigação. Entre as modalidades mais comuns, a caminhada lidera com 74%, especialmente entre mulheres e pessoas acima dos 50 anos,
seguida pela musculação (55%) — mais popular entre homens e jovens — e pela corrida (37%). Na escolha do exercício, 31% priorizam o prazer e o bem-estar.
“O brasileiro está ressignificando o que é cuidar de si. A prática física deixa de ser uma cobrança estética e passa a representar um momento de prazer, saúde e equilíbrio emocional”, afirma Doutor Williams Santos Ramos, gerente médico da Apsen.
Outro destaque é o consumo de vitaminas e suplementos alimentares entre os praticantes das classes A e B: 60% afirmam consumir sempre; 34% de vez em quando e metade começou a usar para aumentar energia e disposição. Além disso, 80% dão preferência a produtos naturais e 87% gostariam de ver mais opções fitoterápicas — dado que reforça a busca por soluções com ingredientes menos artificiais.
Quando o tema é informação sobre suplementos, o digital é o principal canal mencionado: 75% dizem recorrer à internet e às redes sociais como primeira fonte de pesquisa, especialmente entre os mais jovens. O Google (53%), Youtube (36%) e o Instagram (31%) aparecem em destaque. Entre os mais jovens, a busca nas plataformas Instagram (42%) e TikTok (37%) é expressiva.
“Estamos diante de uma geração que quer viver melhor. Entender e acompanhar essas mudanças é essencial para continuarmos conectado às reais necessidades das pessoas e oferecer soluções que conversem com esse novo estilo de vida”, fi naliza Doutor Williams.
Dados da pesquisa “Adequa Brasil
• 71% dos entrevistados disseram praticar alguma atividade física, entre esses, 5% praticam atividade física para controlar o peso e 2% para cuidar da estética.
• 93% praticam atividade física por outros motivos;
• 74% praticam caminhada, 55% musculação e 37% corrida;
• 36% buscam melhora da saúde geral;
• 27% praticam por bem-estar;
• 12% visam preparação para o envelhecimento;
• 72% encaram a atividade física como um prazer;
• 65% veem a atividade física mais como um prazer do que como obrigação;
• 65% buscam acompanhamento de um profissional de saúde para a prática de atividade física;
• 54% têm acompanhamento de profissional/treinador durante a atividade;
• 47% preferem buscar treinos on-line pela internet;
Já em relação a adesão e busca por vitaminas e suplementos alimentares, os respondentes disseram que:
• 60% usam regularmente, 34% às vezes, 71% adotam para melhorar a saúde em geral e 50% para o aumento da energia e disposição;
• 81% buscam informações com frequência sobre suplementação;
• 63% consideram importante que produtos para saúde sejam feitos com ingredientes naturais;
• 80% dizer dar preferência a produtos naturais;
• 87% gostariam de ver mais opções de fitoterápicos no mercado;
O movimento apontado pela pesquisa demonstra que o cuidado com o corpo, antes muito guiado por estética, hoje se conecta a escolhas orientadas por bem-estar, autocuidado, desempenho e longevidade. O levantamento também revelou que o consumidor está mais consciente, buscam informação de qualidade e desejam soluções que unam ciência, natureza e rotina real. A suplementação tem ganhado um novo significado: deixar de ser um reforço pontual para tornar-se parte de um estilo de vida. “Estamos diante de um momento em que as pessoas querem viver melhor, com autonomia, equilíbrio e saúde integral, ou seja, física, mental e emocional”, avalia Ramos.
