Entenda o diagnóstico de câncer de mama revelado por Damares Alves
A senadora anunciou nesta terça-feira, durante uma sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que foi diagnosticada com o tumor
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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) anunciou nesta terça-feira (27/8), durante uma sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que foi diagnosticada com câncer de mama.
O tema já havia sido antecipado no dia 24/8 pela coluna da jornalista Denise Rothenburg, do Correio Braziliense. À publicação, a parlamentar contou que recebeu o diagnóstico no mês passado. Segundo ela, o problema foi identificado em fase inicial, o que possibilitou a realização dos exames e uma cirurgia, que durou seis horas. Damares relatou ainda que, apenas quatro dias após o procedimento, já havia retomado suas atividades no Senado, recebendo apoio de colegas de Casa.
Durante a reunião desta quarta, a senadora pediu para encerrar os trabalhos alegando estar em seu “limite físico”. Em seguida, revelou publicamente a doença. “Há um mês, eu fui diagnosticada com câncer. Estou no enfrentamento à doença e tive a coragem de fazer esse anúncio público. Requer muita coragem”, afirmou.
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Câncer de mama no Brasil
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a projeção para 2025 é de 73.610 novos casos de câncer de mama, o que corresponde a 10,5% de todos os diagnósticos oncológicos do país. O tipo só perde em incidência para o câncer de pele não melanoma, que representa 31,3% dos registros.
Entre as mulheres, o câncer de mama é o que mais causa mortes: a taxa estimada é de 11,84 óbitos para cada 100 mil brasileiras. No entanto, quando descoberto precocemente, há grandes chances de controle da doença. Estudos mostram que o rastreamento por mamografia, quando realizado regularmente, pode reduzir a mortalidade em até 40%.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), mulheres a partir dos 40 anos podem realizar o exame todos os anos. Já o Ministério da Saúde recomenda que, dos 50 aos 69 anos, a mamografia seja feita a cada dois anos, desde que não haja sintomas. Em pacientes com menos de 40 anos, o exame pode ser indicado em casos específicos, como complemento na investigação de nódulos, sempre com avaliação médica.
Tratamento
Segundo o oncologista Daniel Gimenes, o tratamento do câncer de mama depende de diferentes fatores:
- Estágio do tumor
- Características da doença
- Condições de saúde da paciente, como idade, presença de outras doenças e status menopausal
“O prognóstico varia. Quando o câncer é identificado no início, a taxa de cura pode superar 90%. Já nos casos em que há metástase, o foco do tratamento passa a ser o prolongamento da sobrevida e a qualidade de vida”, explica o especialista.
Ele ressalta ainda que informação de qualidade é fundamental no enfrentamento da doença. “O diagnóstico não representa o fim, mas sim uma etapa a ser enfrentada. O importante é manter a rotina de exames e consultas, confiar no médico e ter cuidado com informações falsas que circulam na internet”, alerta.