Infecções ginecológicas aumentam no inverno e exigem atenção

Com a chegada do inverno, cresce o número de mulheres que procuram atendimento médico por infecções ginecológicas. Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) indicam um aumento de até 25% nesses casos durante os meses mais frios do ano. O uso de roupas mais justas, pouca ventilação na região íntima e menor consumo de água estão entre os principais fatores associados.

As infecções mais comuns nesse período são a candidíase e a vaginose bacteriana. Ambas estão ligadas ao desequilíbrio da flora vaginal, que pode ser causado por fatores como abafamento, umidade e baixa imunidade. Os sintomas mais relatados incluem coceira, corrimento, ardência e desconforto ao urinar. De acordo com a médica ginecologista Karla Mazzini, as infecções do trato urinário, embora não sejam exclusivamente ginecológicas, também tendem a ocorrer com mais frequência nessa época.

Estudos publicados na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia reforçam que o inverno cria um ambiente mais favorável à proliferação de fungos e bactérias. A combinação entre o frio e o uso de tecidos sintéticos ou roupas apertadas pode dificultar a respiração da pele e agravar a situação.

Além disso, a redução da ingestão de líquidos e o consumo de alimentos menos saudáveis nessa época contribuem para a queda da imunidade. Isso dificulta a capacidade natural do corpo de combater infecções e aumenta a frequência dos quadros ginecológicos.

Segundo a médica ginecologista Patrícia Magier, o uso de roupas íntimas de algodão está entre as melhores formas de prevenção, além de manter uma boa higiene diária, alimentação equilibrada e atenção aos sinais do corpo. Em caso de sintomas persistentes, o ideal é buscar orientação médica para diagnóstico e tratamento adequados.

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