Conexões sensoriais

Sentir o gosto pelo cheiro: entenda a relação e seus alertas

Descubra como o olfato influencia o paladar e por que certos aromas nos fazem "provar" sabores antes mesmo de comer

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Você já se pegou salivando ao sentir o aroma de um pão recém-assado ou de um café fresquinho? Essa experiência de "sentir o gosto pelo cheiro" é mais comum do que se imagina e tem explicações científicas.

O olfato e o paladar são sentidos intimamente ligados. Enquanto o paladar detecta sabores básicos como doce, salgado, azedo, amargo e umami, é o olfato que enriquece essa percepção, permitindo distinguir sabores complexos. Quando mastigamos, as moléculas dos alimentos liberam aromas que viajam pela nasofaringe até o epitélio olfativo, onde são detectadas e enviadas ao cérebro, contribuindo para a sensação completa do sabor.

Por que sentimos o gosto pelo cheiro?

A percepção do sabor é uma combinação de estímulos gustativos e olfativos. Quando inalamos o aroma de um alimento, o cérebro antecipa a experiência gustativa, ativando áreas relacionadas ao prazer e à memória. Esse fenômeno é conhecido como "percepção retronasal", onde o cheiro percebido pela parte de trás do nariz durante a mastigação contribui significativamente para o sabor.

Além disso, a sinestesia, uma condição neurológica onde a estimulação de um sentido leva a experiências em outro, pode explicar por que algumas pessoas associam cheiros a sabores específicos. A Wikipédia define sinestesia como "a relação de planos sensoriais diferentes: por exemplo, o gosto com o cheiro".

Quando essa percepção pode indicar um problema?

Embora a conexão entre olfato e paladar seja natural, alterações nessa percepção podem sinalizar problemas de saúde. Condições como a anosmia (perda do olfato) ou disgeusia (alteração do paladar) podem afetar a capacidade de sentir sabores e cheiros adequadamente.

Além disso, a parosmia, uma distorção do olfato, pode fazer com que cheiros familiares sejam percebidos de forma desagradável, afetando a experiência gustativa. Essas condições podem ser causadas por infecções, traumas ou doenças neurológicas e devem ser avaliadas por um profissional de saúde.

Café e croissant
Compreender essa relação entre olfato e paladar pode nos ajudar a valorizar ainda mais os sabores e aromas que encontramos diariamente suriyasilsaksom de Getty Images

Cheiros que mais despertam o paladar

Alguns aromas têm maior capacidade de evocar sabores devido à sua complexidade e familiaridade. Esses aromas, ao serem percebidos, podem desencadear memórias e sensações gustativas, mesmo na ausência do alimento. Entre os mais comuns estão:

  • Café: seu aroma robusto é frequentemente associado a sabores amargos e intensos;
  • Pão fresco: o cheiro de pão recém-assado remete a sabores reconfortantes e caseiros;
  • Chocolate: o aroma doce e rico do chocolate ativa áreas do cérebro relacionadas ao prazer;
  • Frutas cítricas: cheiros como o da laranja e do limão são refrescantes e estimulam a salivação;
  • Especiarias: aromas de canela, cravo e noz-moscada evocam sabores quentes e doces.

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