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SAÚDE MENTAL

Padre Fábio de Melo: por que a depressão pode voltar? Entenda

Sacerdote disse que está enfrentando novamente episódios depressivos; especialista explica o que muda no tratamento em caso de retorno da doença

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O padre Fábio de Melo disse que está enfrentando novamente a depressão, transtorno que já o acometeu anos atrás. Ele falou sobre o problema de saúde mental no encerramento das comemorações pelo aniversário de 35 anos da Comunidade Católica Obra de Maria, no último domingo (19), em São Lourenço da Mata, interior de Pernambuco.

"Nas últimas semanas, a depressão tomou conta de mim novamente. Só tenho um pensamento recorrente: a vontade de deixar de viver", desabafou o padre. Apesar disso, ele disse que, a partir daquele dia, estava "nascendo de novo". 

"Este é o primeiro minuto da minha nova vida", ressaltou. Fábio falou pela primeira vez sobre o assunto em 2017, quando também revelou que havia sido diagnosticado com síndrome do pânico.

Por que a depressão pode voltar?

Segundo o psiquiatra Bruno Brandão, a depressão tende a ser um transtorno recorrente, ou seja, que volta. Algumas pessoas até conseguem seguir sem medicação depois de um tempo de tratamento, aderindo a hábitos como prática de atividade física, alimentação balanceada, higiene do sono e psicoterapia. Isso não garante, contudo, que a depressão não volte e o tratamento precise ser reiniciado.

"A gente não fala em cura da depressão porque é um transtorno, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas, sem uma causa definida. Isso que diferencia um transtorno de uma doença. Apesar disso, é preciso considerar os componentes genéticos, psicológicos e ambientais de cada indivíduo para indicar o tratamento mais adequado", ressalta.

Como tratar a depressão quando ela volta?

A princípio, segundo Bruno, o tratamento é o mesmo, exceto pelo tempo. Normalmente no primeiro episódio de depressão, o medicamento é utilizado durante um ano. No segundo, podem ser necessários cerca de dois anos. "Se forem três ou mais episódios, cogitamos a possibilidade de fazer o uso da medicação para o resto da vida ou reavaliar a cada cinco anos a probabilidade de suspender", explica.

Outro fator a ser analisado, de acordo com o especialista, é se esse retorno da depressão veio acompanhado de alguma comorbidade – como transtorno de ansiedade, personalidade, pânico, entre outros – que não estava presente inicialmente. Nesses casos, é preciso adicionar outros medicamentos.

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