Aos 54 anos, o ex-jogador de vôlei e campeão olímpico, Tande, revelou na sua conta no Instagram que sofreu um infarto, com uma das principais artérias do coração atingindo 98% de entupimento -  (crédito: Reprodução Rede Social)

Aos 54 anos, o ex-jogador de vôlei e campeão olímpico, Tande, revelou na sua conta no Instagram que sofreu um infarto, com uma das principais artérias do coração atingindo 98% de entupimento

crédito: Reprodução Rede Social

Recentemente, o ex-jogador de vôlei e campeão olímpico, Tande, revelou através de sua conta no Instagram que sofreu um infarto, com uma das principais artérias do coração atingindo 98% de entupimento. Aos 54 anos, o atleta enfrentou um sério alerta sobre a saúde cardíaca, mesmo mantendo uma vida ativa pós carreira esportiva. Seu caso serve como um lembrete crítico de que doenças cardíacas podem afetar qualquer um, inclusive atletas de alto nível.

O médico Francisco Saracuza explica que o infarto do miocárdio ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do coração é bloqueado por um longo período, impedindo que o oxigênio alcance o tecido cardíaco. Isso geralmente é causado por um acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias.

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No caso de Tande, os sintomas como falta de ar, palpitações, dor na mandíbula e dor de ouvido foram precursores de um evento cardíaco mais grave, que ele inicialmente desconsiderou.

Sintomas e sinais de alerta

Os sintomas clássicos de um infarto incluem dor no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo, costas, mandíbula ou até mesmo causar dor de ouvido, como experimentado por Tande. Sintomas como falta de ar e palpitações também são indicativos de que algo pode não estar certo com o coração.

É vital que tanto médicos quanto pacientes não ignorem esses sinais, mesmo que pareçam atípicos ou leves, especialmente em pessoas com fatores de risco conhecidos.

O risco de infarto é influenciado por vários fatores, incluindo idade, histórico familiar de doença cardíaca, hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol LDL, diabetes, obesidade, sedentarismo e tabagismo.

Mesmo indivíduos fisicamente ativos como Tande não estão imunes, particularmente se outros fatores de risco estiverem presentes ou se houver descuido com a saúde depois da aposentadoria esportiva.

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A prevenção de infartos envolve uma combinação de mudanças de estilo de vida, monitoramento médico regular e, quando necessário, intervenção médica. Dietas balanceadas, exercícios regulares, cessação do tabagismo e manejo do estresse são essenciais.

Para atletas e ex-atletas, é crucial continuar com acompanhamentos regulares de saúde, mesmo depois do término da carreira competitiva.

Reabilitação e recuperação

Depois de um infarto, a reabilitação cardíaca é essencial. Este processo inclui não apenas a recuperação física, mas também suporte psicológico para enfrentar os desafios emocionais pós infarto. Programas de reabilitação cardíaca oferecem exercícios supervisionados, educação para a saúde do coração, aconselhamento nutricional e apoio emocional.

“O caso de Tande ressalta a realidade de que doenças cardíacas podem ser tanto democráticas quanto traiçoeiras. Ele teve sorte de reconhecer os sinais a tempo, uma chance que nem todos têm. Compartilhar sua história é um apelo à ação para que outros não ignorem sinais potencialmente salvadores. Como sociedade, devemos promover maior conscientização sobre a saúde cardíaca, enfatizando que ninguém está completamente seguro, mas todos podem tomar medidas para reduzir significativamente seus riscos”, alerta Francisco Saracuza.