Doenças mentais: ao enfrentarmos o preconceito, não apenas abrimos portas para a construção de redes de apoio, fortalecemos os laços sociais e criamos um ambiente mais acolhedor  -  (crédito: Freepik)

Doenças mentais: ao enfrentarmos o preconceito, não apenas abrimos portas para a construção de redes de apoio, fortalecemos os laços sociais e criamos um ambiente mais acolhedor

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A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) promove em abril a campanha contra a psicofobia com o intuito de combater o estigma e o preconceito contra os padecentes de doenças mentais. Este ano o lema da campanha é "Mais empatia, menos psicofobia". Realizada desde 2011, a iniciativa tornou a ABP uma referência e uma voz ativa na conscientização e combate ao estigma que envolve as doenças mentais.

O Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia, em 12 de abril, já faz parte do calendário nacional, com diversos estados e municípios dedicando esforços para combater o preconceito e promover a inclusão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo enfrentam doenças mentais, aproximadamente 10% da população global.

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O quadro alarmante é destacado por dados divulgados recentemente pelo Ministério da Previdência Social: em 2023, foram concedidos 288.865 benefícios por incapacidade devido a transtornos mentais no Brasil, um aumento significativo de 38% em relação a 2022. Fica evidente a necessidade urgente de abordar a questão da saúde mental.

Não é frescura 

A campanha deste ano enfatiza a importância da empatia para com as pessoas que têm doenças mentais. A ABP ressalta que o cuidado com a saúde mental é de extrema importância, reforçando a mensagem de que essas condições não são frescura e necessitam de tratamento adequado.

O preconceito em relação a doenças mentais muitas vezes decorre de uma falta de compreensão e de estereótipos enraizados na sociedade. Ao cultivarmos empatia, podemos desafiar essas percepções, promovendo um diálogo aberto sobre saúde mental. Quando as pessoas se sentem livres do julgamento, é mais provável que procurem tratamento adequado para transtornos mentais.

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Ignorar os sinais de alerta pode ter consequências graves no futuro, como o suicídio. A campanha também busca destacar a importância de cuidar da saúde mental, incentivando práticas como boa alimentação, exercícios físicos, lazer e, quando necessário, busca por apoio psicológico. Juntos, podemos quebrar o ciclo da psicofobia e construir uma sociedade mais inclusiva e empática.

Respeito e compreensão

"Nosso objetivo é dar voz às vítimas de psicofobia, conscientizando a sociedade de que as doenças mentais merecem respeito e compreensão. O estigma pode levar à falta de tratamento e até mesmo ao suicídio, por isso é fundamental agirmos coletivamente", destaca Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP.

O preconceito em relação a doenças mentais muitas vezes decorre de uma falta de compreensão e de estereótipos enraizados na sociedade. Ao cultivarmos empatia, podemos mitigar esses preconceitos, promovendo um diálogo aberto sobre saúde mental. Quando as pessoas se sentem livres do julgamento, é mais provável que procurem tratamento adequado.

Ao enfrentarmos o preconceito, não apenas abrimos portas para a construção de redes de apoio, fortalecemos os laços sociais e criamos um ambiente mais acolhedor, mas também promovemos uma cultura que valoriza a diversidade e o respeito pela jornada única de cada pessoa em relação à saúde mental.

Conheça mais sobre a campanha neste link.