Síndrome do pôr do sol: aprenda algumas estratégias de prevenção e de adaptação a esses episódios podem agregar na melhor qualidade de vida dos acometidos por essa condição -  (crédito: Freepik)

Síndrome do pôr do sol: aprenda algumas estratégias de prevenção e de adaptação a esses episódios podem agregar na melhor qualidade de vida dos acometidos por essa condição

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Considerada um estado de confusão mental, a Síndrome do pôr do sol é comum entre os idosos portadores de doenças neurodegenerativas, como demência e Alzheimer. Quando o fim do dia se aproxima e a noite começa a chegar, esses pacientes costumam apresentar comportamentos como confusão mental, agressividade ou ansiedade. Esse conjunto de sintomas costuma também vir acompanhado de grande dificuldade para dormir, já que esse sentimento angustiante pode perdurar por toda noite.

Algumas estratégias de prevenção e de adaptação a esses episódios podem agregar na melhor qualidade de vida dos acometidos por essa condição, como aponta Janaína Rosa, coordenadora técnica da Home Angels, rede de cuidadores supervisionados da América Latina.

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Acompanhamento adequado


O primeiro passo de todo tratamento deve ser o acompanhamento médico. “A orientação de um especializado é fundamental para que todas as atividades sejam feitas. Cada paciente tem suas especificidades, por isso um tratamento individualizado precisa ser feito. A companhia de um cuidador para administrar medicações e realizar as atividades necessárias e nos horários determinados também é uma grande ajuda para a preservação do bem-estar desse idoso”, ressalta.

Passeios e exercícios ao ar livre


Sair com o idoso para passeios fora de casa é uma ótima opção. “ Escolha locais mais calmos e horários de menor agitação, pois atividades externas ajudam a redefinir o relógio biológico dele. Além disso, estimule a prática de atividades físicas, como a caminhada, por exemplo”, afirma Janaína destacando que é importante respeitar as condições físicas de cada idoso para escolher os exercícios.

Atente-se ao sono


É importante a regularização do sono, já que ele pode ser diretamente prejudicado em pessoas nessas condições. “Regularize o horário de descanso, elaborando uma rotina antes de dormir, com música calma e relaxante e diminuição de ruído. Se possível, reduza o número de pessoas no ambiente, para diminuir a agitação e proporcionar mais calma nesse momento”, destaca.

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Ambiente iluminado


As casas precisam estar bem iluminadas durante a tarde e à noite, quando o sol se põe. “Isso é importante para ajudar a cognição desse idoso a interpretar suas informações sensoriais. Deixar tudo escuro ou com pouca incidência de luz por deixá-los mais nervosos ou ansiosos, potencializando os sintomas da síndrome”, destaca a coordenadora técnica.

Paciência e conversa


Em qualquer fase da vida o diálogo é fundamental e na terceira idade isso não é diferente. Principalmente em casos de pessoas com algum tipo de demência, a conversa e explicação de tudo o que está acontecendo pode facilitar o processo e evitar o nervosismo nos idosos. “Demonstrar tranquilidade e paciência auxilia muito. Além disso, a comunicação por meio de frases simples e curtas, sem explicações longas e complicadas, facilita na rotina. Incluir esse idoso em atividades laborais também o ajuda a manter-se focado e a trabalhar sua mente”, completa.