Terceiro país que mais consome redes sociais em todo o mundo, os brasileiros são também campeões em rinoplastias -  (crédito: Freepik)

Terceiro país que mais consome redes sociais em todo o mundo, os brasileiros são também campeões em rinoplastias

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O fato de se olhar no espelho e não gostar do próprio nariz pode gerar incômodo nas pessoas. Isso porque as questões estéticas influenciam no desenvolvimento da autoestima e podem levar desde o receio em se expor nas redes sociais, à diminuição acentuada do convívio social. E isso acaba por acarretar problemas nas relações interpessoais e prejuízo no âmbito profissional.

Terceiro país que mais consome redes sociais em todo o mundo, de acordo com levantamento da Comscore, os brasileiros são também campeões em rinoplastias. Segundo pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS/ 2020), o Brasil foi o primeiro em número de pacientes que fizeram a cirurgia no mundo, em um total de 87.879 procedimentos, seguido pela Turquia, com 66.950, e Estados Unidos, com 55.436.

Para o cirurgião plástico e especialista em rinoplastia, Sérgio Furtado, a cirurgia pode ser uma das alternativas para melhorar a autoestima e desenvolver a aparência estética do paciente. “As queixas que mais recebo são relacionadas ao formato do nariz. Somos um país miscigenado e, por isso, lidamos com todos os tipos de nariz possíveis. As reclamações são com relação à giba dorsal (aquele dorso mais alto no perfil), ponta nasal caída, base larga e falta de definição, que muitos pacientes referem como nariz de batata”, conta Furtado.

Segundo ele, o nariz impacta na auto percepção corporal, pois se encontra no centro da face, região sempre exposta e de aspecto tridimensional. “Para se ter uma ideia do tamanho do impacto do nariz na qualidade de vida das pessoas, a amputação nasal era uma prática comum na antiguidade e utilizada como uma das principais formas de punição aos prisioneiros de guerra ou aos convictos de ofensas graves”, destaca.

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Além do fator estético, Sérgio Furtado explica que a rinoplastia pode ser corretiva ou reparadora - quando um trauma ou um procedimento, como uma retirada de tumor de pele, cria um defeito no nariz, e esse defeito precisa ser corrigido para restaurar o formato das unidades anatômicas do órgão. O procedimento pode ser funcional, quando o objetivo é apenas melhorar a passagem de ar pelo nariz, tratando causas obstrutivas - que podem ser mecânicas, como um desvio de septo ou hipertrofia dos cornetos nasais. Ou ainda uma obstrução dinâmica, causada por uma incompetência das válvulas nasais.

Porém, na maioria das vezes, a rinoplastia contempla as duas funções, tanto estética, quanto funcional. “Isso porque, geralmente, defeitos estéticos também causam alterações funcionais no nariz. Então, mesmo que não seja uma queixa expressa do paciente, realizamos uma série de manobras cirúrgicas que modificam o formato do nariz e também potencializam sua funcionalidade”, explica Sérgio Furtado.