A recente polêmica envolvendo a campanha da Havaianas com a atriz Fernanda Torres acendeu um debate que não é novo no Brasil: o boicote a marcas por razões políticas. A situação, no entanto, está longe de ser um caso isolado e já atingiu gigantes do varejo nacional, mobilizando consumidores tanto da direita quanto da esquerda.

Onda de memes domina Redes após polêmica com propaganda da Havaianas

Empresas como Magazine Luiza, O Boticário e Havan já estiveram no centro de campanhas semelhantes. Esses movimentos mostram como o posicionamento de uma marca ou de seus donos pode influenciar diretamente a decisão de compra em um mercado cada vez mais polarizado.

Empresas na mira da direita

O Magazine Luiza se tornou um dos alvos principais de boicote por parte de consumidores de direita em 2020. A empresa lançou um programa de trainee exclusivo para pessoas negras, o que gerou uma onda de críticas nas redes sociais. Grupos conservadores acusaram a varejista de praticar “racismo reverso”.

Apesar da pressão, a companhia manteve o programa, afirmando que a iniciativa era uma ação afirmativa necessária para aumentar a diversidade em seus cargos de liderança. O caso dividiu opiniões e colocou o debate racial no centro das discussões sobre o mundo corporativo.

Outra marca que frequentemente enfrenta a fúria de setores conservadores é O Boticário. A empresa de cosméticos já foi alvo de diversas campanhas de boicote por suas propagandas inclusivas, que celebram a diversidade de gênero e a comunidade LGBTQIA+. Um dos episódios mais conhecidos ocorreu em uma campanha de Dia dos Pais que trazia uma mulher trans.

Quando a esquerda se mobilizou

Do outro lado do espectro político, empresas cujos proprietários têm forte ligação com a direita também sofrem com a pressão por boicote. A Havan, de Luciano Hang, é um exemplo claro. O apoio declarado do empresário ao ex-presidente Jair Bolsonaro motiva constantes campanhas de consumidores de esquerda para que as pessoas deixem de comprar em suas lojas.

A Riachuelo é outra varejista que entrou na mira desse público. As posições políticas de seu controlador, Flávio Rocha, e declarações consideradas controversas sobre direitos trabalhistas alimentaram diversas mobilizações online pedindo o boicote à rede.

O restaurante Madero também enfrentou uma forte reação durante a pandemia de Covid-19. O fundador, Junior Durski, minimizou publicamente os impactos da doença e criticou as medidas de isolamento social. A postura gerou uma onda de críticas e pedidos de boicote por parte de clientes que discordaram de suas opiniões.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, under supervisão editorial humana.

compartilhe