CONFUSÃO NO CONGRESSO

Célia Xakriabá cai durante ação policial na Câmara e registra B.O

Deputada mineira registrou ocorrência, denunciou censura e lembrou que ocupação bolsonarista de 36 horas na Casa não teve agressões

Publicidade
Carregando...

A deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG) registrou boletim de ocorrência após ser empurrada, cair e precisar de atendimento médico durante a ação da Polícia Legislativa na noite dessa terça-feira (9/12), no plenário da Câmara dos Deputados. O registro foi feito na 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, acompanhado pelos colegas Glauber Braga (Psol-RJ) e Sâmia Bomfim (Psol-SP). O mineiro Rogério Correia (PT-MG) também acompanhou a delegação.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O ESTADO DE MINAS NO Google Discover Icon Google Discover SIGA O EM NO Google Discover Icon Google Discover

As imagens gravadas no celular mostram o momento em que policiais legislativos empurram os deputados. No tumulto, Xakriabá cai e permanece ali sem conseguir se levantar de imediato. Parlamentares gritam pedindo socorro. A deputada foi retirada e atendida no ambulatório da Casa. Após o atendimento, relatou dores e informou que continuará sendo acompanhada pela equipe médica.

O episódio ocorreu quando Glauber Braga protestava contra a votação de sua cassação e do PL da Dosimetria, projeto que reduz penas impostas a Jair Bolsonaro e aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Braga foi retirado à força, arrastado pelo Salão Verde e, segundo parlamentares, agredido pelos policiais a mando da Presidência.

A confusão se agravou quando seguranças começaram a expulsar jornalistas e assessores do plenário. A TV Câmara teve sua transmissão cortada, ação sem precedentes desde a redemocratização. Parlamentares afirmaram que houve “censura operacional” para impedir o registro das agressões.

Nas redes sociais, Célia publicou imagens feitas durante uma live e afirmou que Glauber não sequestrou a Mesa Diretora: “A sessão estava acontecendo, os parlamentares faziam os breves comunicados, e a única coisa que ele queria era conversar com o presidente da Câmara (Hugo Motta) assim que ele chegasse à mesa.”

Cassação 

A mineira comparou o episódio com a ocupação bolsonarista ocorrida em agosto, que durou mais de 36 horas e travou a pauta da Câmara. Na ocasião, parlamentares impediram que o presidente da Casa se sentasse à Mesa Diretora e os trabalhos legislativos não ocorreram. “Nem por isso foram agredidos ou retirados”, escreveu.

Nessa terça, segundo Xakriabá, a ordem foi outra: “Expulsaram assessorias, jornalistas, suspenderam a TV Câmara e autorizaram agressões contra parlamentares”. A deputada concluiu dizendo que “a barbárie continua”, porque estava marcada para as 15h desta quarta-feira (10/12) a sessão que pode cassar o mandato de Glauber Braga. “É absurdo, mas não iremos nos calar.”

Em plenário, parlamentares criticaram Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara. Chico Alencar afirmou que a situação lembrou tempos de exceção. Talíria Petrone disse que Motta “atacou de morte a democracia” ao expulsar a imprensa e mandar desligar a TV Câmara. Motta rebateu dizendo que “deputado pode muito, mas não pode tudo” e que abusos não são permitidos pelo regimento.

A queda da deputada mineira e a retirada forçada de jornalistas agora serão investigadas. O boletim de ocorrência envolvendo Célia, Glauber e Sâmia seguirá para análise da Polícia Civil do Distrito Federal.  

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay