Funcionários da Copasa protestaram nesta terça-feira (22/10) contra o diretor-presidente da empresa, Fernando Passalio, enquanto ele discursava durante audiência pública realizada pela Comissão do Trabalho, Previdência e Assistência Social, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ocupando as lugares do plenário, os servidores deram as costas para o presidente, vaiaram e entoaram palavras de ordem contra o escolhido pelo governador Romeu Zema (Novo) para comandar a companhia.

Enquanto lia o discurso, os servidores gritavam palavras de ordem, como "tira essa camisa" e "sai fora". Numa tentativa de exaltar a sua gestão, Passalio alegou que houve redução no número de acidentes neste ano, mas foi interrompido por fortes vaias.

Em seguida, o presidente do Sindágua, que representa os funcionários da empresa, Eduardo Pereira, acusou o presidente da Copasa de "mentir descaradamente durante a sua fala".

"O Fernando Passalio sabe ler muito bem. Ele leu um discurso, que veio do governo do estado, sem saber o que acontece na nossa Copasa", afirmou.

Pereira passou a elencar casos de acidentes que mataram funcionários durante o trabalho ou em direção ao serviço.

O governador Romeu Zema (Novo) quer retirar da Constituição de Minas Gerais, por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023 a necessidade de consulta popular para que empresas estaduais sejam privatizadas.

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Zema alega que a privatização da empresa é necessária para que o estado faça a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), programa que busca equacionar, em 30 anos, a dívida de R$ 170 bilhões com a União.

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