LEVANTAMENTO

A popularidade de Lula: o que as pesquisas dizem sobre o presidente

A aprovação do governo vive um momento decisivo; veja os números mais recentes das principais pesquisas e a análise dos especialistas sobre o cenário

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A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atravessa um momento de estabilidade, mas com sinais de alerta. Números recentes das principais pesquisas de opinião do país mostram um cenário de divisão, onde a avaliação positiva e a negativa se equilibram, refletindo a polarização política que ainda marca o Brasil.

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Eventos de grande repercussão, como a participação de Lula na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e decisões sobre a pauta econômica interna, colocam a imagem do presidente sob os holofotes. Esses movimentos ajudam a moldar a percepção pública e são cruciais para entender as tendências de popularidade nos próximos meses.

O cenário atual é um mosaico de indicadores. Se por um lado a melhora em alguns dados econômicos, como a queda da inflação e do desemprego, oferece um alívio para o governo, por outro, a dificuldade na articulação política e o debate sobre o equilíbrio das contas públicas geram incertezas que impactam diretamente a confiança da população.

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As pesquisas mais recentes traçam um retrato fiel dessa dualidade. O instituto Datafolha, em sua última sondagem, apontou que uma parcela significativa dos brasileiros aprova a gestão, mas um grupo de tamanho similar a desaprova. A margem entre os dois polos é pequena, indicando uma falta de consenso nacional sobre os rumos do governo.

Outros levantamentos, como os realizados pelos institutos Ipec e Quaest, corroboram essa visão. Embora existam pequenas variações nos percentuais, a tendência central é a mesma: uma base de apoio consolidada, uma oposição forte e um segmento de indecisos que pode ser decisivo para o futuro político do governo.

O que sustenta a aprovação do governo

Os principais pilares que sustentam a avaliação positiva do governo estão na economia e nas políticas sociais. A retomada de programas como o Bolsa Família, com um valor ampliado, tem um impacto direto na vida de milhões de famílias, especialmente nas regiões mais pobres do país, o que se traduz em apoio político.

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Além disso, a queda no preço dos alimentos e a geração de empregos formais são fatores que a população sente no dia a dia. Quando o poder de compra melhora, mesmo que de forma gradual, a percepção sobre a condução econômica do país tende a se tornar mais favorável.

A agenda internacional também funciona como um ativo para a imagem presidencial. As viagens e o protagonismo de Lula em fóruns globais, como o G20 e a ONU, reforçam sua imagem de líder influente no cenário mundial. Para uma parte do eleitorado, essa projeção externa é vista como uma recuperação do prestígio do Brasil.

Outro ponto que contribui para a aprovação é a comparação com a gestão anterior. Para os eleitores que rejeitavam o governo de Jair Bolsonaro, a administração atual representa uma volta à normalidade institucional e a uma maior previsibilidade nas ações do Executivo.

Os desafios que pressionam a popularidade

Do outro lado da balança, os desafios são igualmente relevantes. A principal fonte de preocupação para quem desaprova o governo está na área fiscal. O debate sobre o cumprimento das metas de déficit zero e o aumento da arrecadação geram desconfiança em parte do mercado e da população.

A articulação política com o Congresso Nacional é outro ponto de atrito. A necessidade de negociar com partidos do chamado "centrão" para aprovar pautas importantes muitas vezes resulta em concessões que desagradam a base mais ideológica do governo e geram críticas sobre a coerência do projeto político.

A comunicação do governo também é alvo frequente de críticas. Declarações polêmicas do presidente ou de ministros sobre temas sensíveis podem criar ruídos desnecessários e alimentar a oposição. A dificuldade em unificar o discurso e transmitir as ações positivas de forma clara para a população é um obstáculo constante.

Por fim, a polarização política continua sendo um fator estrutural. O sentimento antipetista permanece forte em uma parcela considerável da sociedade, que se mantém firme na oposição ao governo independentemente das ações ou resultados apresentados.

Um Brasil dividido no mapa da aprovação

A análise geográfica dos dados revela um país nitidamente dividido. A aprovação de Lula é significativamente maior na região Nordeste, onde historicamente o Partido dos Trabalhadores tem sua maior base de apoio. Nessa área, os programas sociais têm um peso maior e a identificação com a figura do presidente é mais forte.

Em contrapartida, as regiões Sul e Sudeste concentram os maiores índices de desaprovação. Nesses locais, o agronegócio e o empresariado têm maior influência, e a pauta econômica liberal encontra mais eco. A resistência ao governo nessas áreas é um desafio persistente para o Palácio do Planalto.

As pesquisas também mostram recortes importantes por renda, religião e gênero. A aprovação tende a ser maior entre os mais pobres, católicos e mulheres. Já a desaprovação cresce entre os mais ricos, evangélicos e homens, refletindo as diferentes visões de mundo que coexistem na sociedade brasileira.

Como está a aprovação do presidente Lula atualmente?

A aprovação do presidente Lula vive um momento de estabilidade, com números que mostram um país dividido.

As principais pesquisas indicam um empate técnico entre a aprovação e a desaprovação, com uma pequena margem de diferença.

Quais fatores positivos influenciam a popularidade de Lula?

A melhora em indicadores econômicos, como a queda da inflação e do desemprego, é um fator positivo importante.

Programas sociais, como o novo Bolsa Família, e a atuação do presidente no cenário internacional também contribuem para sua aprovação.

Quais são os principais desafios para a imagem do governo?

A principal preocupação está na área fiscal, com o debate sobre o cumprimento da meta de déficit zero.

A articulação política com o Congresso e a comunicação do governo são outros pontos que geram desgaste e críticas.

Existe diferença na aprovação de Lula por região do Brasil?

Sim, há uma clara divisão regional. A aprovação é mais alta no Nordeste, onde o presidente tem sua base de apoio mais sólida.

As regiões Sul e Sudeste, por outro lado, concentram os maiores índices de desaprovação ao governo.

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